Gestão em Minas: projeto Da Gema é encerrado com a entrega de produtos inovadores feitos a partir de resíduos

Durante o projeto em Coronel Murta, foram desenvolvidos 48 protótipos que contemplam souvenires, objetos de adorno, decorativos e utilitários

Mara Guerra
O projeto possibilitou a inserção estratégica do design em todo o processo de elaboração dos produtos
O projeto possibilitou a inserção estratégica do design em todo o processo de elaboração dos produtos

O Projeto Da Gema – Itaporarte, coordenado pelo Centro Minas Design (CMD), ligado à Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), na cidade de Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, chega ao fim com o desenvolvimento de 48 protótipos inovadores. Desde 2010, ele possibilitou associar resíduos, design e trabalho.

A ação do CMD capacitou 40 jovens e dois lapidários, que se tornaram artesãos minerais empreendedores. Por meio do Laboratório Itaporarte de Lapidação e Artesanato Mineral – pertencente à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e à Uemg – foi apresentada uma atividade aos habitantes da região, com a criação de joias e adornos de descartes de feldspato e turmalina, mineral encontrado em grande quantidade na cidade.

O incentivo do Da Gema – Itaporarte possibilitou o desenvolvimento de um artesanato profissionalizado, com a inserção estratégica do design em todo o processo de elaboração dos produtos. Os 48 protótipos desenvolvidos contemplam quatro linhas de produtos: souvenires, objetos de adorno, objetos decorativos e objetos utilitários.

Para o consultor do projeto, o designer Adriano Mol, o Da Gema permitiu alcançar de forma definitiva a maturidade do laboratório Itaporarte, possibilitando um convênio com a prefeitura da cidade de dez anos de cessão do espaço.

“Por intermédio do Centro Minas Design, o Sebrae fez um diagnóstico e deve também apoiar as atividades do Itaporarte. O trabalho tem sido construído desde o início de uma perspectiva do design integrado, contemplando aspectos produtivos, materiais e iconográficos da região, para chegarmos ao resultado apresentado: produtos de joalheria contemporâneos, sustentáveis e voltados ao empreendedorismo social”, afirmou.

A profissionalização dos participantes ocorreu com treinamento em lapidação e em pintura com pigmentos retirados da terra, uso de maquinário específico, processos e sustentabilidade.

A conclusão do projeto proporcionou a geração de novas oportunidades de negócios e o aumento de renda da população de Coronel Murta e região. O Da Gema – Itaporarte foi financiado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e pela (Fapemig).

Gestão Eficiente: agronegócio mineiro mantém tendência de crescimento em 2012

PIB do setor começa ano em expansão, projetando renda anual para R$ 117,7 bilhões

O PIB do agronegócio mineiro mantém expectativa favorável de crescimento para este ano. Em janeiro, o aumento registrado foi 0,2%, projetando renda anual para R$ 117,7 bilhões (valores atuais). Desse montante, 57,5% vêm do agronegócio da agricultura e 42,5% do agronegócio da pecuária.

O PIB do agronegócio mineiro representa a soma das riquezas do setor de quatro grupos: produção básica (dentro da porteira), insumos, agroindústria e distribuição. O levantamento foi elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, encomendado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e pelo Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).

A tendência de crescimento para 2012 se deve aos preços das commodities, que vêm se mantendo altos em função dos baixos estoques mundiais. A evolução da renda agrícola dentro da porteira foi beneficiada, principalmente, pelos preços positivos e aumento da produção.

O café, produto que apresenta peso significativo dentro do segmento básico da agricultura, foi um dos que contribuíram para o resultado positivo do PIB do agronegócio em janeiro. Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, essa contribuição se deve ao aumento da produção mineira na safra 2012/2013. “A estimativa é de crescimento de 15,67% em relação à safra anterior, que poderá não ser suficiente para acompanhar o crescimento da demanda global e recompor os estoques, o que poderá resultar em bons preços” analisa. Esse quadro pode fazer com que os preços sigam atrativos aos produtores durante todo o ano, ampliando o PIB do agronegócio no Estado.

O milho vem sendo beneficiado pela conjuntura econômica no país. “Devido ao crescimento da renda interna da população brasileira, influenciado pelo aumento do salário mínimo, vem-se constatando a elevação da demanda por carnes (bovina, suína, frango e pescado). Isso favorece o mercado de grão, um dos principais insumos da pecuária”, explica o secretário.

Outras culturas que devem contribuir para a expansão do faturamento do agronegócio mineiro, em função do aumento de preço são: cana-de-açúcar (25,4%), feijão (123,2%), batata-inglesa (54,2%), tomate (70,7%) e banana (10,8%).

As atividades da pecuária foram uma das variáveis que limitaram maior projeção do PIB mineiro para este ano. O setor começou o ano com retração de 0,41%. Isso se deve ao comportamento dos preços, principalmente na bovinocultura, suinocultura e avicultura, sendo positivo apenas para o leite.

De acordo com o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, as cadeias produtivas de carnes são mais sensíveis ao cenário econômico mundial. “Como o Brasil tem grande importância no comércio mundial desses produtos, a volatilidade de preços e os riscos no mercado internacional têm influenciado o abate e as cotações no mercado interno”, analisa.

O segmento de insumos do agronegócio mineiro iniciou o ano com crescimento de 0,75% da renda. O desempenho positivo é resultado do aumento de preços e da elevação em volume de fertilizantes e corretivos. Destaca-se que a alta desses insumos, apesar de contribuírem para o crescimento do PIB, pesam sobre os custos e pressionam a renda dos produtores.

Gestão Anastasia: Emater incentiva plantio de morango em Lima Duarte

Produtores de região tipicamente leiteira podem ter na fruta boa alternativa para aumento de renda

Divulgação / Emater-MG
Unidade Demonstrativa extimula a produção do morango em Lima Duarte
Unidade Demonstrativa extimula a produção do morango em Lima Duarte

A implantação de uma Unidade Demonstrativa em Lima Duarte, Zona da Mata, tem ajudado a estimular a produção de morango no município. A iniciativa é uma parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) com a prefeitura e a Cooperativa União da Mata. Os resultados apresentados pela unidade serviram de estímulo para que mais produtores decidissem investir no cultivo do morango.

A Unidade Demonstrativa foi implantada no ano passado. O plantio ocorreu em agosto, e a colheita foi iniciada dois meses depois. Até abril de 2012, a lavoura produziu duas toneladas de morango. O local também tem sido utilizado para realizar cursos sobre a cultura, e, com isso, produtores do município e região puderam saber mais sobre o cultivo de morango.

Segundo o extensionista da Emater–MG Abmael de Lélis Saraiva, o município de Lima Duarte oferece boas condições para o desenvolvimento da cultura. “O clima é favorável, e as áreas são de boa altitude, o que favorece o cultivo de morango”, diz.

A unidade fica na propriedade do produtor Jadelbo Júnior. No local, foram plantados 3.000 pés de morango da variedade Sant’Andreas. Apesar de recente, a lavoura se tornou uma opção de renda para Jadelbo. O morango cultivado por ele é vendido a escolas do município. Com os bons resultados, o produtor já pensa em ampliar a lavoura. “Com isso, eu pretendo comercializar a produção de morango da minha propriedade em outras localidades como Rio de Janeiro e Juiz de Fora”, conta.

Estímulo

A experiência com a Unidade Demonstrativa estimulou outros cinco produtores a investirem na cultura do morango, sob a orientação da Emater–MG. Um deles é o pecuarista José de Oliveira. Até pouco tempo, ele não pensava em trabalhar na atividade, mas, hoje, já pensa diferente. “Eu optei pelo morango, porque acredito que seja uma forma de agregar valor à minha propriedade e que me dê um retorno rápido. Espero que, daqui a um tempo, seja o carro-chefe da propriedade”, diz João de Oliveira.

Para o extensionista Abmael Saraiva, o cultivo do morango ajuda também na diversificação das propriedades do município, que têm a pecuária leiteira como principal atividade. “A cultura do morango é mais uma opção de renda e possibilita aos produtores entrarem em novos mercados”, afirma.

Gestão Antonio Anastasia: concurso de qualidade do café em Minas deve avaliar 2 mil amostras

Meta é aumentar em 20% o volume de avaliações do produto em relação ao ano passado

O café lidera as exportações do agronegócio mineiro
O café lidera as exportações do agronegócio mineiro

A meta do 9º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais é aumentar em 20% o volume de avaliações de amostras do produto em relação ao registrado na competição do ano passado. “Vamos trabalhar para a coleta de pelo menos 2 mil amostras nas propriedades das quatro grandes regiões produtoras de café do Estado – Cerrado, Chapadas de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas”, informou o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, ao anunciar em Belo Horizonte a realização do evento.

Ele explicou que “a nova marca é possível, porque os cafeicultores estão estimulados a participar da iniciativa, tendo por base as melhorias agregadas à atividade por intermédio das boas práticas de produção introduzidas nas propriedades que aderem ao concurso”.

De acordo com o programa apresentado na reunião, as amostras de café, exclusivamente Arábica e produzido no ano safra 2011, poderão ser entregues nas unidades da Emater-MG até 20 de setembro. As análises serão feitas no período de 23 de setembro a 30 de novembro, e os trabalhos devem terminar no final da primeira semana de dezembro, sendo possível, a partir dessa data, marcar a solenidade de encerramento do concurso e leilão dos cafés premiados.

Segundo o coordenador do 9º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas, Marcos Fabri Júnior, da Emater, o governo premia os finalistas da competição com um certificado e o diploma de classificação para o primeiro, segundo e terceiro colocados nas categorias café natural e cereja descascado, despolpado, desmucilado.

Além disso, assim como nas edições anteriores do concurso, todos os participantes receberão, no final da competição, um laudo de seus respectivos cafés com o resultado da análise sensorial, com notas de zero a cem, dentro das normas da Associação Brasileira de Cafés Especiais. “Assim, os cafeicultores poderão melhorar seu produto, ajustando-o às exigências do mercado, com a assistência dos técnicos da Emater”, assinala.

Fabri Júnior diz que Minas Gerais é o único Estado dotado de um programa oficial para dar suporte aos produtores de café por meio de uma iniciativa dessa natureza. “Para isso, o governo estadual conta com a participação de parceiros privados, como as entidades dos produtores, cooperativas, universidades, centros de pesquisa e outros”, ressalta.

Efeitos da competição

O coordenador ainda observa que o concurso tem contribuído para o reconhecimento da qualidade do café de Minas Gerais em todos os eventos nacionais. “Mas o objetivo principal é estimular o cultivo do café, em todas as propriedades do Estado, com o suporte tecnológico e de acordo com as normas de sustentabilidade, a fim de que o produto alcance mais facilmente um alto índice de competitividade nos mercados interno e externo. Isso significa, sobretudo, a garantia de aumento da receita para o produtor mineiro”, acrescenta.

Para o assessor especial do Café da Secretaria da Agricultura, Níwton Castro Morais, o 9º Concurso de Qualidade dos Cafés deve possibilitar especialmente a avaliação das iniciativas para a produção sustentável nas fazendas incluídas no programa Certifica Minas Café do governo estadual. Executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Emater, vinculadas à Secretaria da Agricultura, esse programa cresceu 19% no ano passado, alcançando 1.438 propriedades. De acordo com o assessor, a meta para 2012 é um crescimento da ordem de 13% no volume de adesões ao Certifica Minas Café.

Outra área que se beneficia do concurso é a capacitação dos provadores para o trabalho com cafés especiais. Além disso, as cooperativas também poderão ampliar sua participação, reforçando as ações extensionistas para a melhoria do produto.

“Toda a cadeia do café pode evoluir com a realização do Concurso Estadual de Qualidade de Cafés de Minas Gerais”, acrescenta Moraes. A produção de café, no Estado, envolve mais de 104 mil estabelecimentos rurais e influi diretamente na economia de 75% dos municípios. Para 2012 está prevista uma safra recorde do produto no Estado, segundo dados Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A colheita deve somar entre 25,5 e 27,1 milhões de sacas (60 kg), números superiores aos recordes de 2002 e 2010, quando o Estado produziu 25,1 milhões de sacas. Pelas estimativas, a safra mineira de café deverá corresponder a 52% da nacional.

O aumento da produção mineira de café, em relação a 2011, deve ficar entre 15,2% e 22,3%, resultado que pode ser atribuído à melhoria dos tratos culturais nas lavouras e ao estágio positivo na bienalidade da cultura. Em 2011, período negativo na bienalidade, foram colhidas no Estado 22,3 milhões de sacas,  volume equivalente a mais de 50% da produção nacional.

Já o Valor Bruto da Produção (VBP) de café para 2012 em Minas, segundo estimativa do Ministério da Agricultura, alcança R$ 12 bilhões, uma variação positiva de 7,7% diante da cifra registrada no ano passado.

O café lidera as exportações do agronegócio mineiro e ocupa o segundo lugar na pauta, atrás do minério de ferro. Em 2011, o valor obtido com a comercialização do produto no mercado externo foi recorde: US$ 5,8 bilhões, cifra 41,6% superior à registrada em 2010. Já no primeiro bimestre deste ano, as exportações de café por Minas Gerais somaram US$ 770 mil.

União de forças

A Secretaria da Agricultura de Minas realiza o 9º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais – por meio da Emater-MG – em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). São também parceiros na iniciativa: Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg), Federação de Agricultura (Faemg), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), Centro de Excelência do Café, Polo de Excelência do Café, e Instituto Federal de Ensino e Tecnologia de Machado.

As principais etapas do 9º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais serão apresentadas pela internet. Os interessados devem ficar atentos ao site da Emater (www.emater.mg.gov.br), que indicará o acesso ao link específico nas datas programadas para a realização dos trabalhos. Mais informações sobre o concurso na Emater de Lavras: (35) 3821-0010.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/concurso-de-qualidade-do-cafe-em-minas-deve-avaliar-2-mil-amostras/

Gestão Anastasia: Secretário de Agricultura participa de eventos no Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro

Elmiro Nascimento visita esta semana as cidades de Patos de Minas, Uberlândia e Araguari

secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, visita esta semana as cidades de Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba, e Uberlândia e Araguari, no Triângulo Mineiro, onde participa de vários eventos ligados à agricultura.

Em Patos de Minas, Elmiro Nascimento participa, nesta terça-feira (27), da solenidade de abertura do 45º AgroEx – Seminário do Agronegócio para Exportação. O encontro objetiva disseminar informações estratégicas que possam estimular os agentes do agronegócio brasileiro a aumentar a participação no mercado internacional. O evento é promovido pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura (Mapa) e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

No mesmo dia, o secretário estará em Uberlândia para a 1ª edição da Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas no Camaru – Femec 2012. Considerada a maior feira do segmento do Brasil Central, a Femec é uma iniciativa do Sindicato Rural de Uberlândia, com o apoio da Seapa, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Além da exposição, a feira, que vai até sexta-feira (30), terá também seminários e palestras de interesse do setor.

Já em Araguari, na quarta-feira (28), Elmiro Nascimento participa da 17ª Feira Nacional de Irrigação em Café – Fenicafé. Organizado pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), o evento é considerado a maior vitrine de cafeicultura irrigada do Brasil. A feira tem por intuito debater ideias e discutir ações relativas à cultura irrigada, de modo a comprovar que os investimentos se revertem no aumento da produtividade. A 17ª Fenicafé vai até sexta-feira (30).

Para o secretário, a realização desses eventos confirma a força de Minas Gerais no setor agrícola. “Nosso Estado tem recebido cada vez mais um maior número de feiras e eventos voltados para o agronegócio. Isso demonstra não apenas a vocação de Minas para a agricultura, mas também a importância que é dada pelo governo ao segmento”, afirma o secretário.

Serviço:

Abertura do 45º Seminário do Agronegócio para Exportação – AgroEx

Data: 27 de março

Horário: 8 horas

Local: Auditório do Sindicato Rural de Patos de Minas (Parque de Exposições)

Rua Major Gote nº 1.158 – Bairro Alto Caiçaras – Patos de Minas (MG)

Abertura da 1ª Feira de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas no Camaru – Femec 2012

Data: 27 de março

Horário: 14 horas

Local: Parque de Exposições Camaru

Av. Juracy Junqueira Resende nº 100 – Bairro Pampulha – Uberlândia (MG)

Abertura da 17ª Feira Nacional de Irrigação em Café – Fenicafé

Data: 28 de março

Horário: 10 horas

Local: Pica Pau Country Clube

Rua Pica Pau s/nº – Bairro Santiago – Araguari (MG)

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/secretario-de-agricultura-participa-de-eventos-no-alto-paranaiba-e-triangulo-mineiro/

Governo Anastasia: Minas Leite faz circuito para reforçar atuação no Estado

Meta do programa neste ano é assistir a mais de 1,2 mil propriedades

Divulgação/Seapa
Programa orienta sobre boas práticas para aumentar a produção de leite, como alimentação e manejo dos animais
Programa orienta sobre boas práticas para aumentar a produção de leite, como alimentação e manejo dos animais

Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) vai realizar, neste ano, 50 encontros com os pecuaristas de diversas regiões do Estado para impulsionar a adoção das boas práticas de produção e gestão nas propriedades leiteiras de agricultura familiar. O circuito faz parte das atividades do Minas Leite, programa criado pela secretaria e executado pela Emater-MG.

Até dezembro de 2012, o número de fazendas integradas ao programa, no Estado, deve subir para no mínimo 1.200, pois a meta de expansão é de 15%, diz o coordenador do Minas Leite pela secretaria, Rodrigo Puccini Venturin. Ele enfatiza a importância do circuito para a busca desse crescimento. O objetivo do programa é levar aos pecuaristas de pequenas propriedades orientações sobre gerenciamento e técnicas de baixo custo para aumento da produção e da produtividade. O programa tem um efeito multiplicador. Cada propriedade assistida se transforma numa unidade demonstrativa para outros 10 produtores vizinhos.

Nesta quinta-feira (29), será realizada a primeira das 20 reuniões agendadas para a região Leste do Estado, e o ponto de encontro será o município de Mutum. Localizado na área polarizada pela unidade regional da Emater de Ipatinga, o município já conta com sete propriedades inscritas no programa. Os proprietários dessas fazendas terão oportunidade de apresentar a sua experiência com a utilização das boas práticas de produção e gestão da atividade leiteira. Além disso, poderão agregar novos conhecimentos por meio das palestras técnicas que serão feitas pelos extensionistas da Emater.

Produção aumenta

Contando há um ano com a assistência do Minas Leite, a Fazenda Três Encruzilhadas, de Ailton Marques Pereira, destaca-se pelos resultados em Mutum. De acordo com o extensionista Tiago Tertuliano Pinel, da Emater, a produção leiteira na propriedade, de 15 hectares, alcançou no ano passado a média de 160 litros/dia, volume 26% superior ao de 2010.

“Nos períodos mais favoráveis para a produção, as ordenhas diárias somaram até 200 litros e só houve redução quando entrou a entressafra”, ressalta o extensionista. Já a média obtida pelo conjunto das propriedades leiteiras dos demais municípios vinculados à unidade da Emater em Ipatinga é 155 litros/dia”, acrescenta.

A Três Encruzilhadas conta atualmente com um plantel de 20 vacas, cinco a mais do que no ano passado, mas este não é o principal responsável pelo aumento da produção, ressalta Pinel. “A melhoria da produtividade por animal é que faz a diferença, e neste caso foram fundamentais as mudanças na alimentação e no manejo dos animais.”

Para o coordenador de Pecuária da Emater Ipatinga, Aldrin Regiane, foi muito importante a introdução de diversas práticas para a melhoria da qualidade do leite produzido na Três Encruzilhadas. Os animais são submetidos a avaliações periódicas de saúde, na parte de manejo foi introduzida a organização das ordenhas e, para melhorar a alimentação do gado, houve a inclusão de minerais e proteínas.

Aldrin observa também que a qualidade e a segurança alimentar do leite produzido na fazenda foram aumentadas por meio de práticas simples, como a limpeza dos equipamentos de ordenha e a higienização das vacas antes e depois da retirada do leite.

Fonte:

Já para a preservação ambiental e sustentabilidade do projeto houve a recuperação de áreas degradadas, e em seu lugar dos solos abandonados existem pastos. Uma área de um hectare foi reservada para a construção de 28 piquetes com madeira de eucalipto tratada, onde os animais têm acesso direto ao pasto e recebem sal e água, além de volumoso. O número de piquetes possibilita a rotatividade diária dos animais.

Força da extensão

Segundo Rodrigo Puccini Venturin, o testemunho de agricultores familiares já integrados ao Minas Leite será apresentado também nas etapas seguintes do Circuito Leste, envolvendo diversos municípios polarizados pela Emater em Guanhães e Valadares.

Para o secretário da Agricultura, Elmiro Nascimento, os resultados registrados pelo Minas Leite correspondem aos objetivos traçados pela secretaria. “Merece reconhecimento principalmente a atuação da Emater, pois seus extensionistas têm feito um bom trabalho para a qualificação gerencial e técnica das propriedades leiteiras do Estado, fatores básicos para a melhoria de renda dos agricultores familiares, que predominam nesse segmento respondendo por 45% da produção estadual”, finaliza.

Os produtores interessados em aderir ao programa devem fazer sua inscrição em uma unidade da Emater-MG.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/minas-leite-faz-circuito-para-reforcar-atuacao-no-estado/

Governo de Minas: Conselho de Segurança Alimentar apoia projeto de piscicultura em Teófilo Otoni

Parceria com Secretaria de Defesa Social visa garantir ressocialização de detentos

Divulgação/Consea-MG
Detentos de Teófilo Otoni participam de diversas atividades profissionais, como a produção de hortaliças
Detentos de Teófilo Otoni participam de diversas atividades profissionais, como a produção de hortaliças

Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais (Consea-MG), em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), está elaborando um levantamento sobre as entidades carentes beneficiadas pelo projeto de piscicultura, que será instalado na Penitenciária de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Nos dias 26 e 27 de março, os técnicos da Seds e do Conselho de Segurança Alimentar deverão fazer nova visita à penitenciária para dar continuidade aos estudos para a implantação do projeto de piscicultura. A primeira visita aconteceu em 29 de fevereiro, com a participação de representantes do Consea-MG, do Ministério da Pesca Aquicultura, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Emater, além da Seds.

Com esse sistema, cerca de 200 presos deverão ser beneficiados, tanto com a capacitação – que será oferecida pela UFMG – quanto para remissão de sua pena. A cada dia trabalhado, será descontado um dia de sua pena. Com mais de 30 anos de funcionamento, a Penitenciária de Teófilo Otoni é uma das unidades prisionais mais antigas do Estado e abriga, hoje, cerca de 300 detentos.

O assessor técnico do Consea-MG Gildázio Santos lembra que a parceria com a Penitenciária de Teófilo Otoni é baseada na lei 15.982/2006, que trata do apoio às ações integradas dos órgãos governamentais e das organizações da sociedade civil envolvidos na promoção da alimentação saudável e de combate à fome e à desnutrição.

“A nossa visita à penitenciária, juntamente com as instituições parceiras, reflete o compromisso com o fortalecimento das políticas de segurança alimentar e nutricional sustentável. É uma experiência exitosa e que beneficia não só os sentenciados, mas também pessoas carentes da região, dando a eles o direito humano à alimentação adequada”, acrescentou.

De acordo com o diretor-geral da unidade, Ademílson Rodrigues Jardim, a instituição oferece uma série de atividades com o intuito de ressocialização dos sentenciados. “Nosso objetivo é prepará-los para a reintegração à sociedade. Para isso, oferecemos oficinas de artesanato, alfaiataria, horticultura, jardinagem, bovinocultura, suinocultura, assim como trabalhos na lavanderia e serviços gerais. Queremos oferecer oportunidades a eles”, explicou Ademílson.

Nessas atividades, cerca de 250 crianças e 25 idosos são beneficiados. É que toda a produção da penitenciária é doada a quatro instituições de caridade de Teófilo Otoni. Já os artesanatos são entregues às famílias dos presos para que possam ser vendidos, o que representa um importante meio de complemento de renda.

Além dos setores de trabalho e produção, a Penitenciária de Teófilo Otoni possui ainda uma escola com capacidade para atender a 150 presos, com a aplicação do Sistema de Educação de Jovens e Adulto (EJA), voltado ao ensino fundamental e médio.

Abrangência

Atualmente, cerca de 12 mil presos trabalham em diversas atividades em todo o Estado nas oficinas de marcenaria, fabricação de produtos eletrônicos, piscicultura, hortas, caprinocultura, suinocultura, artesanatos, entre outros. O objetivo, segundo o diretor de trabalho e produção da Sape, Guilherme Augusto Alves Lima, é retirar o detento da ociosidade, incentivando atividades profissionais que irão favorecê-lo, tanto no cumprimento da pena quanto na reinserção social.

“Além disso, há uma preocupação com a questão social. Toda a produção de alimentos é doada às entidades carentes da região onde estão localizadas as penitenciárias. Nesse sentido, o Consea-MG tem papel fundamental para articular e apontar as instituições e entidades que receberão os produtos”, comentou.

Segundo Guilherme, após a implantação dessas oficinas, pôde-se observar que uma mudança de comportamento. “Os sentenciados têm buscado uma profissionalização, não ficam utilizando seu tempo para planejar fugas. Tivemos também uma queda considerável de utilização de medicamentos e de atendimentos psicológicos”, explicou.

Essas oficinas, de acordo com Guilherme, não oneram o Estado, já que o custo dos produtos é baixo. “Na piscicultura, por exemplo, o governo doa a ração e os alevinos. A UFMG oferece a capacitação e temos outros parceiros que também nos auxiliam nesses programas”, ressaltou.

Piscicultura

Minas Gerais é o primeiro Estado do país a produzir peixes dentro de uma unidade prisional. A iniciativa começou no ano passado, no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. A previsão é de que outras penitenciárias serão beneficiadas com o projeto, dentre elas Governador Valadares, duas em Ribeirão das Neves e uma em Ponte Nova.

Nos dias 29 e 30 de março será realizada uma reunião, em Governador Valadares, para discutir a implantação do programa de piscicultura, com o intuito de beneficiar mais de 200 sentenciados. Os pescados são mantidos em criatórios, localizados dentro das áreas de responsabilidade das unidades prisionais. Quando os peixes atingem o peso ideal para pesca, são doados a instituições indicadas pelo Consea-MG.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/conselho-de-seguranca-alimentar-apoia-projeto-de-piscicultura-em-teofilo-otoni/

Governo Anastasia: implantação de frigorífico deve impulsionar piscicultura em Alfenas e região

Além de agregar valor ao produto, o frigorífico vai ajudar na inserção dos piscicultores no mercado institucional

Divulgação/Emater
A Apmar tem 60 associados e uma produção anual de 1.500 toneladas de tilápia
A Apmar tem 60 associados e uma produção anual de 1.500 toneladas de tilápia

Os municípios banhados pelo lago da Usina Hidrelétrica de Furnas, no Sul de Minas Gerais, têm cerca de 500 piscicultores e uma produção anual de 5 mil toneladas de tilápia,  de acordo com a Emater -MG. A atividade teve início na região há quase 20 anos e, hoje, é importante fonte de renda para as famílias. Atualmente, a Associação dos Piscicultores do Município de Alfenas e Região (Apmar), a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), a Prefeitura de Alfenas e a Emater–MG buscam a implantação de um frigorífico em Alfenas. A expectativa é de que a unidade de processamento seja concluída até 2013. Além de agregar valor ao produto, o frigorífico vai ajudar na inserção dos piscicultores no mercado institucional.

A Apmar tem 60 associados e uma produção anual de 1.500 toneladas de tilápia. Os peixes são comercializados em Alfenas e cidades vizinhas, região Central de Minas Gerais e no estado de São Paulo. Uma das dificuldades enfrentadas pelos piscicultores é a falta de um local para fazer o processamento dos peixes. De acordo com o coordenador de Piscicultura da Emater–MG em Alfenas, Francisco de Paula Vitor Alves, a solução é a construção de um frigorífico. “Com a implantação de uma unidade de processamento, os piscicultores conseguirão agregar valor ao produto, regularizar a comercialização durante o ano, oferecer novos produtos, como fishburguer, filé empanado, linguiça, almôndegas e polpa de peixe, e entrar em novos mercados”, diz o coordenador. Com o frigorífico da Apmar, serão beneficiados 150 piscicultores de nove municípios.

O projeto do frigorífico foi elaborado pela Emater–MG. A área de construção é de 261,4 m², e os recursos são provenientes da Prefeitura de Alfenas, Apmar, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Emenda Parlamentar. “O frigorífico deve ser implantado tão logo haja a liberação de recursos para aquisição de equipamentos, que serão oriundos de Emenda Parlamentar. Com a superação de problemas de comercialização e industrialização do pescado, a atividade deverá crescer muito e se tornar um dos principais produtos regionais junto com o café, milho e leite”,  diz o Francisco Alves.

Com a instalação do frigorífico, os piscicultores também esperam comercializar seus produtos no mercado institucional. A ideia é fornecer peixes a escolas e instituições assistenciais, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). As ações desenvolvidos pelo governo federal são uma forma de garantir mercado para os pequenos produtores. Para participar do PAA e PNAE, os piscicultores irão contar com a ajuda da Emater–MG. As atribuições da Emater-MG nos programas são bem amplas e abrangem desde a assistência técnica, mobilização de agricultores, emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientação e elaboração de projetos até capacitação dos agricultores em boas práticas de produção.

Há 5 anos Luiz Carlos Rodrigues Caribé trabalha com piscicultura. A produção mensal dele chega a 9 toneladas de tilápia. Para o piscicultor, a construção do frigorífico irá impulsionar a atividade na região.  “Vamos aumentar a qualidade do nosso produto e agregar valor”, diz Caribé. Uma das expectativas do produtor é fornecer peixe ao mercado institucional por meio do PAA e PNAE.  “Com o frigorífico poderemos participar desse mercado, que é uma segurança para nós”, afirma.

Piscicultura no lago de Furnas

A criação de peixes em tanques redes no Lago de Furnas teve início em 1993, com a criação da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago). Um projeto de piscicultura foi elaborado e recebeu recursos do governo federal e das prefeituras filiadas à Alago. Com isso, foram implantadas unidades demonstrativas de tanques redes e centrais de produção de alevinos em Alfenas e Campo Belo e a piscicultura se expandiu na região. Desde o início a Emater-MG trabalhou em parceria com a Alago. Por meio da empresa, os piscicultores receberam as informações necessárias para o desenvolvimento da atividade. Os extensionistas continuam prestando toda a assistência aos piscicultores.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/implantacao-de-frigorifico-deve-impulsionar-piscicultura-em-alfenas-e-regiao/

Gestão Anastasia: Minas inicia implantação de Territórios de Agricultura Irrigada

Primeira etapa do plano está definida com a participação de três regiões

Divulgação/Seapa
Estado de Minas Gerais está dividido em 36 unidades, e em 29 delas serão implantados territórios nos próximos três anos
Estado de Minas Gerais está dividido em 36 unidades, e em 29 delas serão implantados territórios nos próximos três anos

Os três primeiros Territórios de Agricultura Irrigada de Minas Gerais deverão ser implantados a partir de julho de 2012. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), até o fim do primeiro semestre serão definidas as ações necessárias para a ampliação e aprimoramento da agricultura irrigada nesses territórios, que abrangem as bacias dos rios Paranaíba e Jequitinhonha e a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Território de Agricultura Irrigada é uma região geográfica delimitada por uma bacia hidrográfica, ou parte de uma bacia hidrográfica, tendo como base as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH). O Estado de Minas Gerais está dividido em 36 unidades, e em 29 delas serão implantados territórios nos próximos três anos.

De acordo com o secretário adjunto de Agricultura, Paulo Romano, o passo seguinte à definição dos três primeiros Territórios de Agricultura Irrigada de Minas será a busca de financiamento para projetos.

“Esses territórios estão sendo delineados como novo conceito de gestão territorial proposto pelo Plano Diretor de Agricultura Irrigada de Minas Gerais, que integra o Programa Estruturador Sustentabilidade e Infraestrutura no Campo, instituído em 2010 e cuja responsabilidade é da Seapa”, explica.

Com base no diagnóstico da irrigação no Estado, a Seapa e os parceiros no plano (Ministério da Integração Nacional por meio da Secretaria Nacional de Irrigação, e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA) analisaram propostas de ação governamental que possam ampliar a área irrigada e ao mesmo tempo aprimorar o manejo da água na agricultura estadual.

“Trata-se de um desafio, porque há limites de acesso à água e os produtores rurais mineiros, em algumas sub-bacias, já atingiram o limite para outorga. Entretanto, a ampliação da irrigação é cada vez mais necessária e possível, conforme as análises desenvolvidas”, diz Romano.

Ele observa também que “as mudanças climáticas, que causam aumento das incertezas, as necessidades crescentes de alimentos e energia da biomassa, juntamente com as restrições ao desmatamento, tornam indispensável a expansão da agricultura irrigada.”

Condições específicas

Os estudos que compõem o Plano Diretor de Agricultura Irrigada de Minas Gerais  detalham as condições socioeconômicas, ambientais e culturais de cada território, município por município. Um grupo gestor integrado por representantes dos agricultores e demais usuários da água foi constituído para garantir a sustentabilidade da irrigação nos territórios já definidos. De acordo com Romano, essas pessoas participam da definição dos projetos de solução coletiva para a irrigação nas áreas, de acordo com as condições específicas das regiões.

“São processos inovadores em que o governo (Agricultura e Meio Ambiente) e produtores buscam o mesmo objetivo, o desenvolvimento sustentável”, acrescenta o secretário adjunto.

Na bacia do Paranaíba, que tem tradição na agricultura irrigada, é grande a organização dos usuários. Um exemplo é o município de Araguari, onde 90% da cafeicultura depende de irrigação. A região lidera o ranking da produção  de milho, com estimativa de uma safra de 1,8 milhões de toneladas em 2012, além de produção expressiva de soja e algodão.

“A função dos territórios de irrigação é substituir o modelo da busca de soluções individuais pelas coletivas, ou seja, criar condições para a reunião de todos os usuários da água para agricultura irrigada e outros, numa mesa de negociação, buscando soluções sustentáveis específicas para a bacia”, ressalta Romano.

Já para a bacia do Jequitinhonha,  região do semiárido, segundo Romano, “o foco é a reservação de água com prioridade para as necessidades do consumo humano e animal. O volume excedente de água deve ser destinado à produção agrícola e piscicultura em pequenas áreas para a  geração de renda. No caso desse território de irrigação, o Plano Diretor prevê também o desenvolvimento de projetos para a utilização da água dos reservatórios já existentes na região, principalmente aqueles sob administração da Ruralminas, vinculada à Secretaria da Agricultura.

Romano observa que, “para o território de irrigação da Região Metropolitana de Belo Horizonte, predominam projetos voltados à qualidade da água que é usada em grande volume para a diluição e transporte de esgoto e processos de mineração”.  Nesse caso, ele explica, as ações propostas pelo Plano Diretor têm por objetivo melhorar as condições da irrigação das lavouras do Cinturão Verde. O projeto inclui negociações a fim de conciliar o processo de produção com a expansão imobiliária.

Segundo o secretário adjunto, os projetos dos três territórios deverão ser apresentados a instituições nacionais, como o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB).  Ele prevê a apresentação de propostas para a concretização de mais seis territórios de irrigação até 2014. De acordo com o Plano Diretor, o Estado terá um total de 16 territórios, todos coincidindo com as Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos (UPGRHs) do Estado definidas pela  Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, por meio do Igam.

Modelo mineiro

Minas Gerais tem uma área irrigada de 525 mil hectares e capacidade para irrigar 3 milhões de hectares, de maneira sustentável, respeitando as condições topográficas, climáticas e socioambientais e de acordo com o uso adequado das águas para as diversas finalidades. Já o Brasil possui área irrigada de aproximadamente 5 milhões de hectares, mas tem potencial para irrigar cerca de 30 milhões de hectares.

Por isso, segundo Romano, o Plano Diretor de Agricultura Irrigada de Minas Gerais está despertando o interesse de outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e Paraná. Além disso, ele acrescenta, o Ministério da Integração Nacional considera o plano como projeto piloto para implantação do Plano Diretor Nacional de Agricultura Irrigada.

“É uma nova visão em que diretrizes estratégicas e gestão integrada valem mais do que as grandes obras físicas”, finaliza.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/minas-inicia-implantacao-de-territorios-de-agricultura-irrigada/

Gestão Anastasia: comitês regionais reforçam importância da atuação em parceria e da intersetorialidade

Imprensa de Teófilo Otoni destaca discussões propostas pelo Programa Estado em Rede, do Governo de Minas

A importância da integração e da intersetorialidade entre órgãos públicos com objetivo de identificar as prioridades locais de cada região do Estado foi tema abordado com destaque pela Rádio Teófilo Otoni. A emissora abrange as regiões dos vales do Jequitinhonha e Mucuri. O assunto foi tratado em entrevista, com o diretor central de Coordenação da Ação Governamental da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Leonardo Ladeira.

No último dia 29 foi realizada a primeira reunião do Comitê Regional do Jequitinhonha e Mucuri, em Teófilo Otoni. Os comitês integram as ações de implementação do Programa Estado em Rede, que trabalha a regionalização da gestão governamental, que é uma das prioridades da administração do governador Antonio Anastasia.

Na entrevista, Leonardo Ladeira fala sobre o painel de contextualização do trabalho e a metodologia de priorização e integração da estratégia governamental, “observando a importância de se identificar realidades locais que exijam o trabalho em parceria entre órgãos diversos”.

O programa já se encontra em desenvolvimento nas regiões do Rio Doce e no Norte de Minas. O Comitê Regional do Jequitinhonha e Mucuri foi empossado no dia 9 de fevereiro, na Cidade Administrativa, ao lado dos comitês da Zona da Mata, Sul de Minas e Triângulo Mineiro.

O trabalho de coordenação do Programa Estado em Rede é de competência conjunta da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag); Secretaria de Estado de Casa Civil e Relações Institucionais (Seccri); Ouvidoria Geral do Estado (OGE) e Secretaria de Estado do Governo (Segov).

Clique aqui e ouça a entrevista do diretor central de Coordenação da Ação Governamental da Seplag, Leonardo Ladeira, à Rádio Teófilo Otoni.

Fonte: Agência Minas