Governo de Minas: Artesanato e turismo rural ganham reforço em capacitação da Emater-MG

O evento será realizado em Curvelo e conta com parcerias das secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Turismo

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) programou, para os períodos de 21 a 25 de maio e de 28 a 31 de maio, em Curvelo, na região Central do Estado, duas oficinas que visam promover a integração e a socialização de conhecimentos e experiências nas áreas de artesanato e turismo rural. O evento, que tem as parcerias das secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Turismo (Setur), além da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e da Cooperativa Dedo de Gente, de Curvelo, será dirigido a 70 extensionistas, entre técnicos locais e coordenadores regionais e estaduais da Emater-MG.

Responsável pela organização do evento, a coordenadora técnica estadual das áreas de Artesanato e Turismo rural, Cléa Venina, falou da importância dessa capacitação para os profissionais técnicos da empresa. “Esta é uma ação muito importante para prepararmos melhor os grupos de artesãos agricultores familiares, visando a um melhor alcance de mercado, com ampliação de postos de trabalho, ocupação e melhoria da renda. Queremos melhorar a qualidade de vida desse segmento rural sem perder de vista o respeito ao meio ambiente e às tradições da cultura local”, explicou.

Para a coordenadora técnica, a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil também justifica a necessidade de preparar mais os agricultores familiares envolvidos nessas duas atividades. “A proximidade dos jogos da Copa 2014 traz a possibilidade de abertura de novos mercados para o artesanato e o turismo rural mineiros. Por isso a preparação desses grupos produtivos é de grande valia. Nosso papel é orientar para uma produção com melhor qualidade e buscar junto a esses grupos novas possibilidades de mercado”, disse.

A coordenadora técnica regional de Diamantina, Claudete Maria Souza e Costa, que acompanha projetos de incentivo ao turismo rural vinculados à produção artesanal em comunidades do município e da região, reforça os argumentos de Cléa Venina. Ela afirma que a Emater-MG já atua no sentido de preparar os agricultores familiares para o maior evento do futebol mundial. “Participamos do conselho do Circuito Turístico dos Diamantes, composto por 13 municípios da região, que tem como estratégia desenvolver ações integradas de roteiro e de divulgação com outros circuitos, como o Circuito da Serra do Cipó. A intenção é viabilizar o fluxo de turistas, durante os jogos”, explica.

Diamantina

Entre os temas a serem tratados nas oficinas de Curvelo, será destaque a apresentação de casos de sucesso de turismo comunitário da regional de Diamantina. Uma das iniciativas acontece desde 2008 na comunidade rural de Vau. Ela envolve cerca de 55 famílias locais atendidas pelo Programa de Turismo em Comunidade Rural. O programa é assistido pela Emater-MG e pelo Centro Vocacional Chica da Silva. No local, produtores de doces, quitandas, conservas e artesanato de fibra de bambu recebem apoio e orientação em gestão, qualificação, organização e comercialização dos produtos da comunidade. De acordo Claudete Maria, o resultado tem sido uma melhoria na renda dos moradores da comunidade que puderam adquirir mais equipamentos para incrementar a produção. “Eles comercializam a produção na Vila Real, um espaço com loja dos produtos tradicionais, salão de convivência, acesso à internet, nas margens da Estrada Real”, conta.

Outro trabalho desenvolvido pela Emater-MG na perspectiva da vocação turística da região de Diamantina, é promovido na comunidade de Cuiabá, no município de Gouveia. É o projeto Turismo de Vilarejo, que, de acordo com Claudete Maria, beneficia mais de 50 famílias de agricultores locais. “Entramos no processo este ano e estamos apoiando o 2º Festival de Comidas Típicas de Gouveia, que será realizado de 25 a 27 de maio”, informa. Ela acrescenta que a empresa faz parte da comissão organizadora do evento, apoiando a divulgação e a articulação junto a outras instituições para captação de recursos. “Além de Diamantina ser patrimônio cultural da humanidade, esta é uma região de grandes atrativos na natureza, como grutas, cachoeiras, rios, matas e parques. O nosso objetivo é inserir os agricultores no processo de desenvolvimento rural sustentável”, justifica.

ICMS diferenciado para artesãos

A capilaridade da Emater-MG, presente em 788.municípios do Estado, será uma importante aliada na implantação de uma política pública de apoio mais abrangente para o artesanato mineiro, a partir de um diagnóstico sobre o real alcance da atividade.  A constatação é da diretora de Desenvolvimento do Artesanato da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Patricia Miranda, que ministrará uma palestra nas oficinas de Curvelo para falar sobre a tributação do artesanato produzido em Minas. “Hoje, a capilaridade da Emater-MG é uma ferramenta e tanto para mensurar o universo de artesãos no Estado”, ressalta.

A diretora da Sede vai explicar aos 70 extensionistas participantes do evento sobre o regime diferenciado de ICMS para os artesãos. Segundo ela, pelo novo regime “o artesão, ao fazer a venda de seu produto, em vez de pagar de 12% a 18%, conforme o Simples Nacional, ele pagará apenas a alíquota de 7%, sendo que, na verdade, ele arcará com 3% e o governo estadual, 4%”. De acordo com Patrícia, a condição para que o artesão possa usufruir desse regime é ser representado ou vinculado à cooperativa ou associação. “Não pode ser pessoa física”, salienta. Miranda calcula que existam mais de 20 mil artesãos no Estado. “Algumas publicações falam em 20 mil, mas ainda acho pouco, pois existem aqueles que fazem alimentos artesanais”, argumenta.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/artesanato-e-turismo-rural-ganham-reforco-em-capacitacao-da-emater-mg/

Governo de Minas: pesquisas da Epamig consolidam sistema de produção eficiente de leite

Na última década, Epamig foi a empresa de pesquisa agropecuária que mais gerou tecnologias para o sistema de produção de leite em gado F1

José Reinaldo Mendes Ruas/EPAMIG

O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite. Minas Gerais destaca-se por ter o maior rebanho bovino leiteiro, além de ser o maior produtor nacional. O Estado produz 8,4 bilhões de litros, representando 27,3% do total produzido no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma das principais características do rebanho bovino no Brasil é sua composição: 74% das vacas são mestiças e produzem 1.276 kg de leite por lactação. Minas possui 7,4 milhões de fêmeas, sendo 5,4 milhões cabeças em lactação, o maior plantel do país.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) desenvolve pesquisas para o sistema de produção de leite com vacas mestiças há 14 anos. Esse sistema utiliza fêmeas F1 (cruzamento de Holandês e Zebu – HZ), mantidas em regime de pasto durante o verão e suplementadas em cocho com volumoso (tais como silagens de milho, sorgo e capineiras; os fenos, a cana-de-açúcar e as palhadas) durante o inverno. Na última década, a Epamig foi a empresa de pesquisa agropecuária que mais gerou tecnologias para o sistema de produção de leite em gado F1. As pesquisas têm como base animais mestiços, que têm proximidade maior com a realidade do produtor mineiro e brasileiro.

Embora seja o maior estado produtor de leite, Minas Gerais ainda apresenta baixos índices de produtividade. Segundo o pesquisador da Epamig, José Reinaldo Mendes Ruas, a pecuária é uma atividade desenvolvida, principalmente, em sistema de pasto e este pasto está hoje com alto nível de degradação. “A Epamig, responsável pela pesquisa agropecuária de Minas Gerais, tem a oportunidade de contribuir para a mudança deste quadro”. O pesquisador conta que desde 1998 são desenvolvidas pesquisas em sistema de produção de leite na Fazenda Experimental de Felixlândia (FEFX), no Centro-Oeste do Estado, e, atualmente, a fazenda é referência devido aos diversos projetos desenvolvidos – em parceria com universidades e com apoio de diversas fontes fomentadoras estaduais e federais. A Fazenda de Felixlândia possui área de 890 hectares, com solos de cerrados em sua maior extensão.

Além das pesquisas, são realizados na FEFX cursos, treinamentos, dias de campo e visitas técnicas. Através do Programa Estadual da Cadeia Produtiva do Leite (Minas Leite), lançado em 2005 e coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foram capacitados na FEFX mais de 500 participantes, dentre eles técnicos, produtores rurais, estudantes e, principalmente extensionistas.

“A integração com a extensão é muito positiva, pois os profissionais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) têm mais contato com o produtor rural, que será o grande beneficiado com a utilização dessas novas técnicas”, afirma o gerente da FEFX, Arismar de Castro.  O Minas Leite já atende a 1.036 propriedades de agricultores familiares do Estado. Em 2011, houve um crescimento de 62% em relação ao volume de fazendas incluídas até o ano anterior, segundo o coordenador do programa pela Seapa, Rodrigo Puccini Venturin.

De acordo com o pesquisador José Reinaldo, nesses anos de pesquisa as avaliações econômicas apontaram que é possível produzir leite com rentabilidade. “Quando iniciamos as pesquisas em gado de leite F1, na FEFX, as vacas produziram em torno de 2.000 kg por lactação na primeira cria. Com a adoção das tecnologias geradas pelo próprio sistema – aumento de peso, amansamento, frequência de ordenha – essa produção ultrapassou 3.000 kg na primeira cria”, explica Ruas. Os resultados demonstraram que vacas F1 foram capazes de produzir bezerros de qualidade, quando considerados o ganho médio diário e o peso do desmame, podendo contribuir para a sustentabilidade da produção. “A venda desses bezerros pode complementar a receita da propriedade”, explica o pesquisador.

José Reinaldo afirma que o Sistema desenvolvido pela Epamig demonstra que fêmeas F1 HZ mostraram-se eficientes para produzir bezerro e leite em sistema de pastagens nas condições do Brasil Central. Quando o produtor chega na Fazenda Experimental de Felixlândia ele se identifica com o modelo de produção da Epamig e vê a possibilidade de adotá-lo em sua propriedade”, ressalta.

Segundo o pesquisador, as tecnologias geradas permitem flexibilidade e oferecem vantagens econômicas, além de serem de fácil aplicabilidade e de administração simples. “Fatores como localização da propriedade, processos gerenciais adotados, tamanho de rebanho e qualidade da mão de obra podem causar diferenças, portanto, é importante o acompanhamento zootécnico e financeiro do Sistema de Produção”, alerta.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/pesquisas-da-epamig-consolidam-sistema-de-producao-eficiente-de-leite/

Gestão da Educação: produtos da agricultura familiar mineira farão parte da merenda escolar

O programa “Cultivar, nutrir e Educar” será implantado em 45 municípios inicialmente e irá beneficiar a alimentação saudável dos alunos

Albany Arcega
Queijos fabricados por agricultores familiares vão abastecer escolas públicas
Queijos fabricados por agricultores familiares vão abastecer escolas públicas

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) irá participar em 2012, do programa estruturador “Cultivar, Nutrir e Educar”, criado pelo Governo de Minas. O objetivo é apoiar a produção, beneficiamento e comercialização de alimentos provenientes da agricultura familiar para o abastecimento de escolas da rede pública de ensino além de incentivar a educação nutricional para fortalecer a alimentação dos estudantes.

O “Cultivar, Nutrir e Educar” possui recursos na ordem de 30 milhões que serão aplicados gradativamente até 2015. O programa será implementado inicialmente em 45 municípios, abrangendo as regiões Norte de Minas, Zona da Mata, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. A expectativa é beneficiar em torno de mil agricultores familiares. O programa tem como meta atingir 4.500 agricultores até o ano de 2013.

A execução será feita pelas Secretarias de Estado de Agricultura, Educação e Saúde respectivamente, em parceria com o IMA, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Ações

As ações serão de identificar potenciais estabelecimentos rurais de pequeno porte, fornecedores de produto agro industrializados de origem animal e vegetal, tais como queijos, mel, ovos e doces. Além disso, capacitar e dar orientação técnica aos agricultores familiares em processamento de alimentos, boas práticas de fabricação e habilitação sanitária para torna-los aptos a oferecerem produtos de mais qualidade.

O IMA irá atuar diretamente no subprojeto de Apoio a Habilitação Sanitária das Agroindústrias Familiares, auxiliando, os subprojetos de Fomento a Produção Sustentável da Agricultura Familiar e de Apoio ao Acesso a Mercados e Comercialização.

O projeto estruturador também fornecerá equipamentos para a modernização e adequação das agroindústrias familiares, de acordo com a Lei Estadual 19.476/2011 – que trata da habilitação sanitária de estabelecimentos agroindustriais rurais de pequeno porte no estado.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto destaca a importância de um programa estruturador voltado para o desenvolvimento e formalização da agricultura familiar. “É uma ação importante do governo que será realizada em parceria com diversas instituições. Incentivará diretamente os produtores rurais do estado e dará oportunidade para que os alunos da rede pública tenham acesso a uma alimentação mais saudável e de qualidade, que valoriza acima de tudo, a cultura do campo”, comenta.

Ele informa ainda, que o programa se justifica pelo desafio lançado pela Lei nº 11.947/2009, cuja determinação é de que, no mínimo, 30% do recurso da alimentação escolar seja comprado em gêneros alimentícios da agricultura familiar.

Agenda

Em abril, o programa foi lançado no município de Taiobeiras e Ipatinga. Outros encontros para apresentação do programa e capacitação técnica acontecerão em Viçosa, na quarta-feira (9) e na quinta-feira (10) e em Capelinha, nos dias na quarta-feira (30) e na quinta-feira (31).

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/produtos-da-agricultura-familiar-mineira-farao-parte-da-merenda-escolar/

Governo de Minas: fossas ecológicas são implantadas em propriedades de Varginha

Equipamento idealizado pela Emater é solução de baixo custo em saneamento e proteção do Meio Ambiente

Agricultores familiares do município de Varginha, Sul de Minas, encontraram uma alternativa econômica para solucionar problemas de saneamento e evitar prejuízos ao meio ambiente em suas propriedades. Com incentivo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que implantou uma Unidade Demonstrativa no município, os produtores estão instalando “fossas ecológicas”.  A ideia é reduzir a contaminação do lençol freático, com economia na construção da obra.

A fossa da Emater-MG tem três metros de comprimento, dois de largura e um metro e meio de profundidade. Cada uma custa cerca de R$500, valor menor do que um modelo industrial, que chega a custar quase R$5 mil. “É uma fossa de baixo custo e fácil construção. O material utilizado é facilmente encontrado e não requer mão de obra especializada”, diz o coordenador técnico regional de Meio Ambiente da Emater-MG de Alfenas, Antônio Henrique Pereira.

Além de ser mais barata, a fossa ecológica evita a contaminação do lençol freático. O interior da fossa é impermeabilizado com uma fina camada de cimento, evitando que os dejetos entrem em contato com o solo e contaminem o lençol freático.

Com o local devidamente cimentado, são colocados brita, areia, entulhos, e forma-se um túnel com pneus velhos. A fermentação da matéria orgânica acontece dentro desse túnel e é anaeróbia (sem oxigênio). Uma outra fermentação, dessa vez aeróbia (com a presença de oxigênio), acontece na zona de absorção das raízes de plantas cultivadas sobre a fossa. De acordo com o extensionista do Escritório da Emater–MG em Varginha, Luiz Geraldo Rezende Reis, os gases absorvidos pelas plantas são liberados na atmosfera, sem cheiro ou contaminação do ambiente. No caso da Unidade montada pela Emater–MG, sobre a fossa foi implantada uma lavoura de inhame.

O extensionista também explica que a fossa ecológica não pode receber gordura nem excesso de água. Dessa forma, a água utilizada no chuveiro e na pia deve ser direcionada para outro local para o tratamento adequado. “A gordura atrapalha os processos de fermentação e evaporação”, diz Luiz Reis.

Depois de conhecerem a Unidade Demonstrativa da Emater–MG, agricultores do município de Varginha optaram pela fossa ecológica. Ao todo são 112 famílias da comunidade dos Martins. Até abril deste ano já foram construídas 60 fossas. Os recursos para as obras foram conseguidos pela União dos Pequenos Produtores de Cafés Especiais dos Martins (Unicafem). A Emater–MG tem orientado os produtores sobre os principais benefícios da fossa ecológica por meio de eventos e visitas técnicas. O objetivo é tornar a prática cada vez mais conhecida e utilizada.

“Com a adoção da fossa ecológica, o produtor rural dará o destino adequado ao esgoto sanitário, entulhos, pneus e estará contribuindo para a melhoria da qualidade da água superficial e subterrânea. Evitará ainda a contaminação do solo e a propagação de doenças, contribuindo para a melhoria do meio ambiente e para a saúde de sua família”, diz o coordenador Antônio Henrique Pereira.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/fossas-ecologicas-sao-implantadas-em-propriedades-de-varginha/

Governo de Minas: ex-detenta coordena equipe no Presídio Feminino José Abranches

Ana Carolina Moreira foi contratada pela empresa LT Confecção Ltda. após receber alvará judicial de prisão domiciliar

Divulgação/Seds MG
Ana Carolina foi contratada no mês passado para coordenar a produção das sacolas
Ana Carolina foi contratada no mês passado para coordenar a produção das sacolas

Coordenar a produção de aproximadamente 1.600 sacolas retornáveis por dia e uma equipe de 20 presas é responsabilidade da ex-detenta Ana Carolina Moreira, protagonista de uma história de ressocialização no Presídio Feminino José Abranches Gonçalves, situado em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ana Carolina foi contratada no mês passado pela empresa LT Confecção Ltda, após receber o alvará judicial de prisão domiciliar.

A proprietária da empresa, Thaís Rosa de Oliveira Lara, considera de extrema importância o trabalho de ressocialização realizado por todos os funcionários da unidade, principalmente os agentes penitenciários. Ela ainda conta que “a produção das detentas já forneceu bolsas para a Vale, o Sebrae, diversos supermercados na região metropolitana, além de várias empresas de outros ramos, inclusive no estado de São Paulo”.

Um curso de corte e costura – parceria da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio das diretorias de ensino e trabalho da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) – incentivou e capacitou Ana Carolina para iniciar o trabalho na produção das sacolas retornáveis em 2010. No ano seguinte, ela fez também um curso de produção industrial. “Estou me sentindo muito honrada, confiante e valorizada em poder retornar para exercer aqui uma profissão. Gosto muito das palavras de incentivo que tenho recebido de várias pessoas, dentro e fora do presídio”, revela Ana.

A satisfação da nova coordenadora de produção de sacolas retornáveis é compartilhada também pela diretora-geral da unidade, Raquel Alves de Paula, que considera uma grande recompensa acompanhar e dedicar-se a casos de sucesso em prol da ressocialização.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/ex-detenta-coordena-equipe-no-presidio-feminino-jose-abranches/

Gestão Anastasia: Epamig destaca controle fitossanitário cafeeiro durante encontro tecnológico no Sul de Minas

O Encontro Tecnológico do Café será realizado na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceira com a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), realiza, no dia 10 de maio, na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, o 8º Encontro Tecnológico do Café. O tema principal desta edição é o controle fitossanitário, com destaque para a palestra “Diagnóstico e manejo da mancha aureolada do cafeeiro”, que será ministrada pela pesquisadora do Instituto Biológico de Campinas, Flávia Rodrigues Alves Patrício.

Em campo, os participantes vão acompanhar estações técnicas que abordarão temas, como: combate de pragas, produtividade, qualidade, armazenamento e comercialização do café. O pesquisador da Embrapa Café/Epamig Sul de Minas, Ernesto Prado, falará sobre “Manejo e controle de cochonilhas farinhentas do cafeeiro” em uma estação que contará, também, com o Ciência Móvel – ônibus itinerante da Epamig que traz um pequeno laboratório para demonstração de pesquisas, publicações técnicas e produtos da Empresa.

Outros destaques serão as estações sobre “Armazenagem e comercialização do Café”, apresentada por representantes da Cooparaíso, e “Qualidade e preparo do Café”, comandada pelo engenheiro agrônomo da Emater de Guaxupé, Willem Guilherme. Paralelamente ao evento, haverá exposição de máquinas, insumos, fertilizantes e defensivos agrícolas para a cafeicultura.

De acordo com o gerente da Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, Juraci Júnior de Oliveira, a expectativa é que o encontro atraia participantes de 12 municípios da região. “O público que vem para o evento é bem diversificado. Além de cafeicultores e extensionistas, recebemos também representantes de indústrias, cooperativas e revendas de café em busca de novidades para o setor”, afirma Juraci.

O evento é gratuito e as inscrições serão feitas no local a partir das 8h do dia 10 de maio. Mais informações pelo telefone (35) 3531-1496.

8º Encontro Tecnológico do Café

Data: 10 de maio de 2012

Local: Fazenda Experimental da EPAMIG em São Sebastião do Paraíso – Estrada Via Guardinha, Km 12,5 – Distrito de Guardinha

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/epamig-destaca-controle-fitossanitario-cafeeiro-durante-encontro-tecnologico-no-sul-de-minas/

Gestão Anastasia: Governo de Minas incentiva fruticultura na região das Vertentes

Plantio de fruteiras de clima temperado é opção para agricultura familiar e geração de trabalho e renda
Marco Evangelista/Imprensa MG
O pesquisador Paulo Norberto tem boas expectativas com relação ao plantio da figueira na região
O pesquisador Paulo Norberto tem boas expectativas com relação ao plantio da figueira na região

O cultivo de maçã, uva e figo vem ganhando espaço entre os produtores rurais do Campo das Vertentes. Isso graças ao incentivo do Governo de Minas que, desde 2007, desenvolve a fruticultura na região. Por meio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), foram implantadas 21 unidades demonstrativas, distribuídas nas cidades de São João del-Rei, Barroso, Tiradentes, Prados, Resende Costa, Coronel Xavier Chaves, Lagoa Dourada, Carandaí e Piedade do Rio Grande.

O pesquisador da Epamig, Paulo Márcio Norberto, que realiza o trabalho da fruticultura juntamente com outros dois pesquisadores, conta que as unidades demonstrativas são instaladas em propriedades particulares. “Essas propriedades contempladas estão sempre abertas à comunidade, servindo de modelo para outros produtores interessados em aprender e entrar na atividade, possibilitando o acompanhamento de todo o processo de produção, desde o plantio até a colheita”, explica.

Segundo ele, a fruticultura representa uma boa alternativa para a região. “Como o fluxo de turistas é grande e a região tem um forte apelo turístico, favorece a possibilidade de colocação de produtos no mercado, inclusive com agregação de valor, como doces em calda, geleias e cristalizados”, avalia. O plantio das fruteiras de clima temperado é também uma opção diferente das usuais, principalmente na agricultura familiar. “Hoje, muitos produtores locais já aderiram e estão colhendo os frutos, o que possibilita um incremento significativo em suas rendas e, além de ocupar a mão de obra familiar, acaba gerando novos postos de trabalho em suas comunidades”, afirma o pesquisador da Epamig.

Em Coronel Xavier Chaves, o produtor Antônio Catarino de Almeida possui uma unidade demonstrativa de videira há um ano. Ainda não foi possível comercializar a uva, mas ele acredita que em dois anos a produção já seja satisfatória. “Está sendo uma boa experiência e a expectativa é boa, acho que vai dar certo”, diz. Catarino recebeu da Epamig 200 mudas para iniciar a plantação. “Desde então, o técnico vem aqui, explica como é a manutenção, orienta, apoia muito o nosso trabalho. Com certeza vai ser possível aumentar nossa renda, porque a região não tem muito esse tipo de plantação”, conclui o agricultor. Ele conta com a ajuda do filho para cuidar das videiras e das outras cultivares que possui na propriedade, que inclui mexerica, baroa, mandioca e inhame.

Apoio técnico

Ilceu Carvalho, produtor de Prados, também recebeu apoio técnico para o plantio de uva e figo e, em 2011, fez sua melhor colheita. “Tive uma produção de cerca de 700 kg de uva e vendi 500 kg in natura, que é a forma mais lucrativa. Todo mundo elogiou a qualidade”, conta. Agora, Ilceu quer aumentar a produção. “Quero ver se consigo colher duas vezes ao ano, em vez de apenas uma. Minha meta é uma colheita no meio do ano e uma no final. Por isso vou começar a usar um sistema de irrigação”, relata.

As pesquisas na área de fruticultura são desenvolvidas na Fazenda Experimental Risoleta Neves, em São João del-Rei, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que já destinou mais de R$ 300 mil para projetos de pesquisa e bolsas de pós-doutorado, iniciação científica e apoio técnico. O trabalho de difusão e transferência de tecnologia também conta com a parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Com relação à cultura da videira, o pesquisador Paulo Norberto destaca que as plantas estão começando a expressar todo o seu potencial produtivo. “As variedades que estão sendo testadas aqui na região são de grande importância econômica, são rústicas e toleram mais as variações climáticas que ocorrem na região”, pontua.

A cultura da figueira também tem boa expectativa de produção. “Estamos testando e validando novas tecnologias de manejo para a cultura, que tem mostrado um grande potencial na região. A caminhada de implantação e desenvolvimento da fruticultura já possui um histórico, que foi iniciado em 2007 e precisa ser continuado, pois foram e estão sendo geradas e validadas diversas tecnologias, adaptadas para o pequeno produtor”, completa.

Cultivo de oliveiras

O produtor José Lásaro Mendes Morais se uniu à Epamig para implantar uma unidade demonstrativa de oliveiras há quatro anos. O projeto Rendimento Agronômico das Oliveiras também recebe o apoio da Fapemig. O experimento, localizado em Piedade do Rio Grande, é o único da região e vai ajudar a definir as melhores variedades a serem produzidas.

“Tenho cinco variedades plantadas, vamos ver qual se adapta melhor. Hoje a produção ainda é pequena, não dá para comercializar, mas já é possível perceber que algumas variedades se manifestaram mais precocemente”, comenta. O tempo médio para a oliveira entrar em produção é de seis a oito anos.

José Lásaro também cultiva maçã e, por meio de um trabalho conjunto com a Epamig, estão sendo introduzidos novos materiais genéticos com potencial produtivo para as condições de clima e solo da região. “Além de trabalhos de análise de folhagem das plantas e de conservação dos frutos da maçã”, completa o produtor.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/governo-de-minas-incentiva-fruticultura-na-regiao-das-vertentes/

Gestão Anastasia: Emater incentiva plantio de morango em Lima Duarte

Produtores de região tipicamente leiteira podem ter na fruta boa alternativa para aumento de renda

Divulgação / Emater-MG
Unidade Demonstrativa extimula a produção do morango em Lima Duarte
Unidade Demonstrativa extimula a produção do morango em Lima Duarte

A implantação de uma Unidade Demonstrativa em Lima Duarte, Zona da Mata, tem ajudado a estimular a produção de morango no município. A iniciativa é uma parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) com a prefeitura e a Cooperativa União da Mata. Os resultados apresentados pela unidade serviram de estímulo para que mais produtores decidissem investir no cultivo do morango.

A Unidade Demonstrativa foi implantada no ano passado. O plantio ocorreu em agosto, e a colheita foi iniciada dois meses depois. Até abril de 2012, a lavoura produziu duas toneladas de morango. O local também tem sido utilizado para realizar cursos sobre a cultura, e, com isso, produtores do município e região puderam saber mais sobre o cultivo de morango.

Segundo o extensionista da Emater–MG Abmael de Lélis Saraiva, o município de Lima Duarte oferece boas condições para o desenvolvimento da cultura. “O clima é favorável, e as áreas são de boa altitude, o que favorece o cultivo de morango”, diz.

A unidade fica na propriedade do produtor Jadelbo Júnior. No local, foram plantados 3.000 pés de morango da variedade Sant’Andreas. Apesar de recente, a lavoura se tornou uma opção de renda para Jadelbo. O morango cultivado por ele é vendido a escolas do município. Com os bons resultados, o produtor já pensa em ampliar a lavoura. “Com isso, eu pretendo comercializar a produção de morango da minha propriedade em outras localidades como Rio de Janeiro e Juiz de Fora”, conta.

Estímulo

A experiência com a Unidade Demonstrativa estimulou outros cinco produtores a investirem na cultura do morango, sob a orientação da Emater–MG. Um deles é o pecuarista José de Oliveira. Até pouco tempo, ele não pensava em trabalhar na atividade, mas, hoje, já pensa diferente. “Eu optei pelo morango, porque acredito que seja uma forma de agregar valor à minha propriedade e que me dê um retorno rápido. Espero que, daqui a um tempo, seja o carro-chefe da propriedade”, diz João de Oliveira.

Para o extensionista Abmael Saraiva, o cultivo do morango ajuda também na diversificação das propriedades do município, que têm a pecuária leiteira como principal atividade. “A cultura do morango é mais uma opção de renda e possibilita aos produtores entrarem em novos mercados”, afirma.

Governo de Minas: agricultores da Zona da Mata receberão novas casas com apoio da Emater-MG

Iniciativa beneficiará 42 famílias de pequenos agricultores de São Sebastião da Vargem Alegre

Emater-MG / Divulgação
Casal Leandro José Barbosa e Onila Maria Barbosa (centro) comemora apoio da Emtaer-MG
Casal Leandro José Barbosa e Onila Maria Barbosa (centro) comemora apoio da Emtaer-MG

O sonho de uma moradia melhor na área rural do município de São Sebastião da Vargem Alegre, Zona da Mata, está prestes a se tornar realidade para 42 famílias de pequenos agricultores das comunidades de Água Santa, Rio Preto, Fazenda Martins, Cabeça Preta e Canteiro. Encontra-se em fase de acabamento a construção de casas, previstas no primeiro projeto local, contemplado pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

O projeto está sendo possível graças à iniciativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que é um órgão vinculado à  Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em parceira com a prefeitura de São Sebastião da Vargem Alegre, tendo como entidade organizadora a Associação de Agricultura Familiar do município.

Entre os beneficiados está o casal Leandro José Barbosa e Onila Maria Barbosa, que aguarda a conclusão da nova casa, na Fazenda Bom Jesus da Floresta, localizada em Água Santa. Pais de cinco filhos, José e Onila são agricultores familiares, assistidos pela Emater-MG. Donos de uma pequena propriedade rural, onde cultivam café e produzem leite, eles aguardam com ansiedade a conclusão da obra. “Vai ser uma casa muito boa. Nossa casa atual está muito ruim, já tem 40 anos”, conta Leandro.

Extensionista do escritório local da Emater-MG, o engenheiro agrônomo Rogério Fiorillo da Rocha afirma que as velhas casas podem ser aproveitadas para armazenar café, uma importante cultura da região, que ocupa hoje 1.200 hectares de área plantada no município. “O município de São Sebastião da Vargem Alegre, localizado na área de atuação da regional Emater-MG de Cataguases, tem uma economia voltada para a cafeicultura de montanha e pecuária leiteira”, afirma Rogério.

Ainda de acordo com o agrônomo, que presta assistência aos agricultores locais, São Sebastião da Vargem Alegre possui aproximadamente 75 quilômetros quadrados de área e uma população de 2.798 habitantes, sendo 50% na zona rural. “Essa iniciativa é importante, pois é voltada para a pequena agricultura e isso é uma forma de contribuir com a fixação do homem no campo”, argumenta.

Como acessar o crédito

Para ter acesso ao crédito de R$ 24 mil liberado pela instituição financeira, que no caso é a Caixa Econômica Federal, o agricultor precisa atender a alguns requisitos básicos como: renda bruta anual máxima de R$ 15 mil, escritura da propriedade ou contrato de parceria com parente de até terceiro grau, no caso de não ser ele o dono da terra. Também é necessário apresentar a Declaração de Aptidão (DAP). Os recursos são liberados à medida que a construção vai sendo feita.

Segundo a assistente social da Prefeitura de São Sebastião da Vargem Alegre, Eliane Aparecida de Souza, “somente estão sendo cadastradas famílias de agricultores que se enquadram nas normas”. De acordo com a servidora, além de ceder as máquinas de terraplanagem onde estão sendo construídas as moradias, o poder público municipal mantém uma equipe para montagem do processo e regularização dos documentos. “Muitos não têm a documentação em dia e a gente ajuda a regularizar a situação”, esclarece.

O recurso pode ser liberado para construções, reforma ou ampliação de moradia de agricultores do segmento agricultura familiar, por meio de uma entidade organizadora como entidade representativa de agricultores ou do poder público. A única contrapartida do agricultor na quitação do financiamento será o pagamento de R$ 1 mil , parcelado em quatro vezes de R$ 250 por ano. Trata-se de um subsídio do Orçamento Geral da União, liberado pela Caixa Econômica Federal. O PNHR é uma das modalidades do programa federal Minha casa, Minha Vida.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/agricultores-da-zona-da-mata-receberao-novas-casas-com-apoio-da-emater-mg/

Gestão Anastasia: encontro de Piscicultores em Passos vai mostrar vacina para a tilápia

Evento, que será realizado no próximo dia 26, é direcionado a agricultores que se dedicam à atividade, alunos de cursos agrários e técnicos do segmento

Divulgação/Emater MG
Por um período de seis meses, a Emater e a Unesp irão observar a eficácia da vacina em duas unidades
Por um período de seis meses, a Emater e a Unesp irão observar a eficácia da vacina em duas unidades

A regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) de Passos, no Sul de Minas, promoverá, no dia 26 de abril, um encontro no município sobre piscicultura. O evento, programado para ocorrer durante todo o dia, será direcionado a agricultores que se dedicam à atividade, alunos de cursos agrários e técnicos do segmento. O objetivo é atualizar o conhecimento na área, abordando temas relativos a manejo, nutrição e sanidade do principal peixe de água doce criado na região, a tilápia.

Um destaque será a apresentação de vacina inédita para prevenir doenças na espécie. O coordenador técnico regional da Emater-MG de Passos, Frederico Ozanam de Souza, informa que o aumento da atividade e o uso indiscriminado de antibiótico na ração de peixe vem comprometendo a saúde da espécie na região e por isso o imunizante vem em boa hora.

Segundo Ozanam, para testar a eficácia dessa vacina, já aprovada pelo Ministério da Saúde, a regional firmou parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus Jaboticabal (SP). Por um período de seis meses, a empresa pública mineira e a instituição acadêmica irão observar a eficácia da vacina em duas unidades demonstrativas, que serão montadas nos municípios de Cássia e Carmo do Rio Claro, também no Sul do Estado. “Estamos fazendo contatos com produtores para participarem desta pesquisa, pois precisamos de área e estrutura. A Unesp vai disponibilizar alunos para acompanharem o trabalho, e o laboratório fabricante da vacina vai ceder os imunizantes”, adianta o coordenador da Emater-MG.

“A ocorrência de doenças é um dos principais problemas relacionados à criação de tilápias no país”, afirma a professora de pós-graduação em Aquicultura do Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp), Fabiana Pilarski. À frente da parceria com a Emater-MG, a coordenadora do Laboratório de Patologia de Organismo Aquáticos (Lapoa) do Caunesp, a professora alerta que a bactéria Streptococcus agalactiae é o principal agente de mortalidade de peixes de água doce, sendo responsável por grandes perdas econômicas na produção. O organismo patogênico pode atingir 90% da criação na idade pré-mercado. “Dentre as lesões da bactéria incluem-se redução do crescimento, coloração escura, exoftalmia e meningoencefalite”, enumera Fabiana Pilarski.

Segundo a especialista, o uso de vacinas para enfermidades bacterianas em peixes já é uma realidade em vários países do mundo, principalmente no chile, Noruega e Estados Unidos. A que será testada serve para prevenção de Streptococcus agalactiae Biotipo II e será administrada por via intraperitoneal, com dose única em peixes que pesam mais de 15 gramas. “A proteção ocorre aproximadamente 28 dias após a vacinação e possui duração mínima de 30 semanas”, explica Fabiana. Ainda de acordo com a especialista, o papel do Centro de Aquicultura da Unesp será o de acompanhar o processo de vacinação, avaliando mensalmente a sobrevivência dos peixes vacinados. Para tanto, haverá controle de ganho de peso e sinais clínicos da estreptococose. O estudo, segundo a professora, contará com apoio de alunos de mestrado e doutorado do Lapoa.

O piscicultor de tilápia do município de Cássia, Wilson Hiluany, saiu na frente e resolveu avaliar a nova vacina por conta própria. “Estou fazendo o teste há um mês. Quero ver se vale a pena. Prefiro prevenir, pois já compro os alevinos de fora”, ressalta. Hiluany, que está na atividade há 20 anos, garante que a criação de peixes é um negócio lucrativo e, portanto, vale o esforço com a aplicação da vacina, que é dada individualmente em peixes de até 50 gramas. “Faço isso durante a fase de classificação de tamanho dos peixes”, explica, esclarecendo que esta é uma operação de rotina no manejo de peixes. O produtor, que também trabalha com gado de corte e lavoura de café, tem 75 tanques redes para criação de tilápias no Reservatório Mascarenhas de Moraes, antigo Peixoto, em Cássia. Com produção estimada em 48 toneladas por ano, ele comercializa o quantitativo nos municípios de Cássia e Passos.

De acordo o coordenador regional da Emater-MG de Passos, Frederico Ozanam, existem hoje, na região do médio Rio Grande, que abrange 30 municípios em torno de Passos, cerca de mil pescadores artesanais e 350 piscicultores com produção próxima de 20 mil toneladas por ano. O número, segundo Ozanam, é considerado abaixo do potencial local. “Temos dois reservatórios, o de Furnas e o de Peixoto, com área de 1.720 quilômetros quadrados, e mais inúmeros açudes e tanques escavados, mas alguns problemas dificultam o crescimento da atividade”, diz. Entre as dificuldades, Ozanam aponta “a burocracia da legislação ambiental, que encarece o processo de regularização ambiental, e o escoamento da produção”. No entanto, ele pondera que este último deve melhorar com a implantação de uma unidade de processamento de peixe em Cássia e outra em Carmo do Rio Claro.

Fonte: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/encontro-de-piscicultores-em-passos-vai-mostrar-vacina-para-a-tilapia/