Gestão Anastasia: uso de caixas plásticas higienizáveis será obrigatório na CeasaMinas em Contagem

Medida se destina à produção de banana e tomate comercializada no entreposto

Divulgação/Seapa
O sistema de caixas plásticas higienizáveis do entreposto de Contagem é o quarto a ser criado
O sistema de caixas plásticas higienizáveis do entreposto de Contagem é o quarto a ser criado

O uso de caixas plásticas higienizáveis para a comercialização de banana e tomate será obrigatório no entreposto de Contagem da CeasaMinas a partir do dia 12 de fevereiro. Os dois produtos respondem pela metade do volume mensal de três milhões de caixas de madeira circulantes no entreposto.

As caixas de madeira e papelão estarão autorizadas a circular apenas para o primeiro uso, quando novas, sendo proibida a reutilização destas embalagens, que devem ser substituídas pelas caixas plásticas. Segundo o superintendente de Gestão dos MLPs da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Lucas Scarascia, as embalagens plásticas foram introduzidas no entreposto de Contagem no segundo semestre do ano passado, no esquema de adesão voluntária do produtor.

“A partir do dia 12, a reutilização das caixas de madeira e papelão estará proibida para banana e tomate, e o uso de caixas plásticas será obrigatório para os dois produtos, permanecendo a adesão voluntária para as outras frutas e hortigranjeiros comercializados no entreposto”, explica. A fiscalização será feita pelos técnicos da CeasaMinas e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O uso de embalagens para frutas e hortaliças in natura é regulamentado desde 2002 por Instrução Normativa Conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Vantagens

“A substituição das caixas de madeiras é uma mudança cultural muito grande no sistema de comercialização praticado há décadas, e estamos desenvolvendo um trabalho de conscientização junto aos produtores desde o ano passado”, afirma o superintendente da Seapa.

Além de evitar a contaminação das lavouras pelo retorno de caixas de madeiras infestadas de agentes prejudiciais à saúde e garantir a qualidade dos produtos oferecidos à população, os produtores têm um ganho na relação custo/benefício, quando optam pelo recipiente de plástico higienizável.

De acordo com o superintendente da Seapa, uma caixa de madeira nova custa aproximadamente R$ 2,40 e a de madeira usada R$ 1,30 com a durabilidade de apenas uma venda. Já a caixa plástica higienizável custa cerca de R$ 13 com durabilidade garantida pelos fabricantes homologados na CeasaMinas de, no mínimo, dois anos. “Isso dá um custo aproximado de R$ 0,50 por mês. E se levarmos em conta que a mesma caixa pode ser usada até três vezes ao mês, o custo cai para R$ 0,16 por operação. É um investimento que traz retorno para o produtor a médio e longo prazos”, afirma.

Outros benefícios da substituição são a diminuição das perdas no transporte da produção, facilidade de logística e a eliminação de um processo danoso ao meio-ambiente, uma vez que o descarte das caixas tradicionais é feito por meio da queima da madeira.

A higienização das caixas é feita pelo Banco de Caixas UAI, concessionária da CeasaMinas, que funciona dentro do entreposto de Contagem. O serviço é feito com a autorização do IMA, ao custo de R$ 0,38 por caixa. O laudo de higienização fornecido tem validade de 15 dias.

O sistema de caixas plásticas higienizáveis do entreposto de Contagem é o quarto a ser criado na estrutura de Centrais de Abastecimento do Estado, depois de ser implantado nas unidades de Uberlândia, Governador Valadares e Caratinga. O desafio em Contagem é maior por causa do volume de comercialização, que supera todos os outros entrepostos juntos. No ano passado, o movimento da unidade de Contagem foi de 2,36 milhões de toneladas de hortigranjeiros e a receita da ordem de R$ 3,86 milhões.

Fonte: Agência Minas

Blog do Anastasia – Governo de Minas: secretário de obras vai a Brasília em busca de recursos para rodovias mineiras

BRASÍLIA (19/01/12) – O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG), José Elcio Monteze, estiveram em Brasília para reuniões nos ministérios dos Transportes, Integração Nacional e Agricultura, com objetivo de pleitear recursos para a recuperação dos estragos provocados pelas chuvas em Minas. Uma quarta reunião foi realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) para tratar do projeto de recuperação do Anel Rodoviário.

Os custos apresentados foram divididos entre as rodovias federais delegadas ao Estado, com investimento previsto de R$ 36 milhões, e as estradas estaduais com investimento de R$ 118 milhões. O secretário Carlos Melles explicou que o custo das MGs foi apresentado ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o custo das rodovias federais delegadas, ao ministro dos Transportes, Paulo Sergio. “Ambos consideram os valores pertinentes. O próximo passo será a apresentação desses valores à presidente Dilma Roussef, na próxima semana”, afirmou Melles.

No total, o levantamento que o DER-MG fez, para a recuperação da malha rodoviária atingida pelas chuvas, representa um investimento de R$ 154 milhões. “No primeiro momento, o trabalho da Secretaria de Obras e o DER tem se concentrado na garantia das condições de tráfego nas rodovias estaduais mineiras e o apoio emergencial aos municípios atingidos pelas chuvas no estado”, explicou o secretário.

Agricultura

A reunião com o ministro de Estado, Interino, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, foi solicitada pelo Governo de Minas, em função da preocupação com relação à população do interior, onde predominam as estradas vicinais de terra. “A chuva causa muitos transtornos na comunicação do homem do campo com a cidade. Os caminhos ficam interrompidos, o que impede o transporte da produção e interrompe a chegada de bens e serviços. Com a aproximação do início do período letivo de 2012, a preocupação se volta para a rede de estradas vicinais, por onde as crianças buscam acesso a escola”, explicou o secretário.

Na avaliação feita pelo DER-MG, dos 174 municípios em estado de alerta decretado, a estimativa é de que existam cerca de 50 quilômetros de estradas vicinais, o que chegaria a um total de 8,7 mil quilômetros, onde seriam encontrados pontos críticos que necessitam de recuperação. O custo para a realização de intervenções, apresentado ao Ministério da Agricultura, foi de R$ 261 milhões. Somente com os levantamentos da Defesa Civil são mais 330 pontes destruídas e mais de 450 danificadas, o que prejudica o deslocamento das pessoas.

Para atender a essa demanda específica, o secretário Melles explicou que o governador Anastasia autorizou o procedimento para a aquisição de materiais necessários para montagem pelos municípios de cerca de 600 pontes. “Além disso, a Setop está colocando um sistema de gestão de informações de emergência, o Sigem, que deverá facilitar e acelerar o processo de comunicação entre as prefeituras e a secretaria, possibilitando um diagnóstico das intervenções de emergência, bem como de possíveis atendimentos a serem realizados através de doações de materiais”, concluiu Melles.

Anel Rodoviário

No Dnit o tema central da reunião com o diretor-geral Jorge Ernesto Pinto foi a licitação para execução do projeto executivo das obras de reforma do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, com custo estimado de R$ 20 milhões.

Fonte: Agência Minas

Blog do Anastasia – Governo de Minas: acompanhamento social da Cohab contribui para evitar inadimplência de mutuários

BELO HORIZONTE (05/01/12) – O índice de inadimplência dos mutuários assistidos pela Gestão Pós-Morar (GPM), realizada pela Cohab Minas em convênio com as prefeituras, tem sido quase nulo nos municípios onde foram entregues conjuntos habitacionais comercializados já na vigência do novo programa. Instituído em agosto do ano passado, o GPM visa, dentre suas principais ações, evitar a inadimplência no pagamento das prestações.

Em relação aos índices frequentes de inadimplência nos contratos anteriores, que variavam em torno de 15%, agora os percentuais são mínimos. Conforme apontam as planilhas de arrecadação elaboradas pela Gerência de Negociação e Arrecadação, que coordena a Gestão Pós-Morar, nos meses de setembro e outubro de 2011, os mutuários de conjuntos habitacionais de 60 municípios não incidiram em qualquer inadimplência: situação caracterizada quando o atraso no pagamento supera três prestações.

Nesses dois meses, dos 1.902 novos contratos de financiamento habitacional, no âmbito da parceria do Lares Geraes Habitação Popular com o Minha Casa, Minha Vida, 1.873 foram pagos com total pontualidade. Apenas 22 atrasaram um mês; cinco, dois meses; e dois, três meses. Em novembro, a carteira aumentou para 3.235 contratos, e o número de municípios passou para 98. Mesmo com esse crescimento, o índice de inadimplência foi de apenas 0,15%. Do total, 3.141 mutuários pagaram as prestações com pontualidade, enquanto 71 atrasaram um mês; 12, dois meses; seis, três meses; e cinco mais de três meses, ficando, pois, inadimplentes.

A coordenadora da Gestão Pós-Morar, Luciana de Almeida, e a assistente social Salete de Oliveira atribuem os altos índices de pontualidade ao trabalho educativo feito pelo programa, por intermédio das assistentes sociais dos municípios e com a supervisão do pessoal da GPM na Cohab.

A cada comercialização de conjunto é feita uma palestra, quando se distribui também um folder informativo sobre os direitos e deveres do mutuário. Na oportunidade, também é enfatizada a importância de os mutuários serem pontuais em seu benefício – aquele que paga em dia recebe o Bônus de Pontualidade com desconto de até 24% nos juros da prestação.

As assistentes sociais das prefeituras desempenham importante papel ao monitorarem de perto o cumprimento das obrigações contratuais pelos mutuários. “Os mutuários estão ligados na pontualidade e no bônus. Quando têm algum problema para pagar a prestação, quase sempre procuram a assistente social, que transmite a orientação da Cohab. Assim, o mutuário fica sabendo, por exemplo, o que fazer para tirar a segunda via do boleto da sua prestação”, conta Salete de Oliveira.

Com o dinheiro que retorna no pagamento das prestações, o Fundo Estadual de Habitação é realimentado, possibilitando a construção de novas moradias para futuros mutuários.

Blog do Anastasia – Gestão em Minas: Secretaria de Saúde recomenda cuidados com a saúde durante período chuvoso

BELO HORIZONTE (04/01/12) – Com a chegada do verão, com chuvas intensas e constantes, é hora de redobrar o cuidado e atenção com a saúde. Entre os malefícios que elas podem causar estão as doenças de veiculação hídrica, nome dado às doenças que têm relação direta com a água, como a leptospirose e a dengue.

Em Minas Gerais, dezembro e janeiro são os meses em que se concentram os maiores números de casos de leptospirose, por exemplo. Causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de ratos e transmitida ao homem por meio do contato com a pele, a leptospirose provocou a morte de 12 pessoas em 2010 e nove em 2011. Nos dois anos, o período de maior incidência se deu no mês de janeiro, com quatro óbitos.

De acordo com o médico infectologista da Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Frederico Figueiredo, a melhor forma de prevenir a doença é evitar o contato com águas de inundação, lama e outros resíduos que ficam nas casas depois que ocorrem enchentes ou inundações. “Quando for inevitável entrar em contato com essa água é importante o uso de luvas e botas. Se a pessoa não as tiver, é possível improvisar com sacos plásticos, colocando dois sacos nas mãos e dois nos pés para evitar o contato direto com a lama e com a água”, completa.

A leptospirose apresenta sintomas semelhantes aos da gripe e da dengue, ou seja, é comum os pacientes apresentarem febre, dor de cabeça e dores pelo corpo (principalmente na panturrilha). Também podem aparecer sintomas como vômitos, diarreia e tosse.

Para evitar uma possível subestimação do problema, que pode causar consequências graves, Frederico Figueiredo alerta para a importância de se procurar atendimento especializado. “Aos primeiros sintomas, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde. Tanto a leptospirose, quanto a dengue e a meningite têm sintomas iniciais muito parecidos, porém o tratamento é diferente para cada caso. Enquanto a dengue é tratada basicamente com hidratação, para as meningites e a leptospirose é fundamental que haja a introdução do antibiótico de forma rápida. É essa agilidade que vai fazer, muitas vezes, diminuir a letalidade dessas doenças”, alerta.

É importante ressaltar que a leptospira penetra na pele através de pequenos ferimentos e, até mesmo, pela pele íntegra se houver um contato prolongado com a água e com a lama. “Sempre que houver alguma lesão na pele é importante lavar bem o ferimento com água e sabão, e procurar assistência médica para que seja feita uma avaliação do caso. Pode ser que seja necessário tomar vacinas ou fazer algum procedimento específico para aquele tipo de ferimento, como uma sutura, por exemplo”, completa o médico.

Os ferimentos presentes na pele, além de facilitar a infecção pela leptospira, podem ser fonte de entrada para a bactéria Clostridium tetani, causadora do tétano. Ela está presente nas fezes humanas e de animais, na terra, nas plantas, e até em objetos, podendo infectar pessoas de qualquer idade.

Em 2010, foram confirmados 20 casos de tétano acidental em Minas Gerais e quatro óbitos. O número de notificações em 2011 foi o mesmo de 2010, porém está sujeito a alterações; também foram constatados cinco óbitos. A doença ataca principalmente o sistema nervoso central, provocando rigidez muscular em todo o corpo, dificuldade para abrir a boca e engolir. Sintomas como irritabilidade, dor de cabeça, febre e deformações no rosto também podem se manifestar.

“Não existe vacina para dengue e leptospirose, mas para tétano tem. A vacina é gratuita e está disponível nos centros de saúde. Inclusive, a vacina já faz parte do calendário vacinal das crianças, sendo necessário fazer o reforço de dez em dez anos. Por isso é muito importante estar com o cartão vacinal atualizado”, afirma Frederico Figueiredo.

Além da vacina, é fundamental que as pessoas cuidem bem dos seus ferimentos, lavando-os com água e sabão. Esse cuidado faz com que as possíveis toxinas sejam retiradas do corpo, não penetrando nas feridas e evitando, assim, o contágio.

Limpeza do ambiente

Caso haja inundações, é necessário fazer uma limpeza minuciosa do ambiente atingido pela água e lama. A água sanitária é indicada para a limpeza dos reservatórios de água e dos locais que podem ter sido contaminados. O Ministério da Saúde orienta o uso de um litro de água sanitária para mil litros de água.

“É sempre bom orientar que a água sanitária é um produto perigoso. Deve ser mantido longe das crianças e pode causar queimaduras sérias. Por isso a diluição deve ser feita de forma criteriosa. O Centro de Saúde possui manuais que orientam a diluição para limpeza de paredes e chão das casas. Durante a limpeza, é necessário usar luvas e botas para proteção”, alerta o médico infectologista da SES-MG, Frederico Figueiredo.

Cuidados após as chuvas

Para minimizar os danos que as chuvas podem causar é importante tomar alguns cuidados, como não jogar lixo na rua, em lotes vagos, quintal de casa e nos rios, antes que elas aconteçam. Isso porque o lixo, quando jogado nas ruas, entope bueiros e bocas de lobo, provocando inundações. E o lixo jogado nos córregos pode represar a água, causando mais enchentes. Além disso, o lixo favorece a proliferação de mosquitos, ratos e baratas.

Após as chuvas, outros cuidados também são necessários. A Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES-MG alerta para alguns deles:

– Não usar água contaminada pelas enchentes para beber, lavar pratos, escovar os dentes, lavar e preparar alimentos ou fazer gelo.

– Não consumir alimentos que tenham sido contaminados pela água da enchente.

– Jogar fora medicamentos e alimentos (frutas, legumes, verduras, carnes, grãos, leites e derivados, enlatados) que entrarem em contato com a água da enchente, mesmo que estejam embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados.

– Lavar bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar.

– Utilizar somente água potável, que não tenha tido contato com a chuva, para beber e na preparação dos alimentos, especialmente das crianças menores de um ano.

– Se o abastecimento de água tratada estiver comprometido, devem ser adotados mecanismos mais seguros, como ferver a água por dois minutos ou adicionar duas gotas de hipoclorito de sódio 2,5% (água sanitária) para cada litro de água, aguardando 30 mintos antes do consumo (o hipoclorito de sódio 2,5% para tratamento da água de consumo é distribuído pelos postos de saúde e equipes de PSF).

– Evitar andar com os pés descalços em água de enchente. Se for inevitável, usar luvas e botas de borracha ou plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés, evitando o contato da pele e de ferimentos com água da enchente.

– Não deixe que as crianças brinquem com água parada ou nas enxurradas.

– No caso de haver inundações, remover a lama e a água contaminada de sua casa, sempre protegendo os pés e as mãos com botas e luvas ou sacos plásticos.

– Limpar o piso e as paredes com uma solução de água sanitária: para um balde de 20 litros de água, adicionar quatro xícaras de café (50 ml) ou um copo de 200 ml de água sanitária.

– Não encostar ou colocar as mãos em postes ligados à rede elétrica.

– Na época das enchentes, são comuns os cortes, arranhões e outros ferimentos. Manter em dia o cartão de vacina e tomar cuidado no momento da limpeza.

– Para controlar o aumento do número de mosquitos, eliminar toda água parada existente em objetos como pneus, garrafas, vasos de plantas, latas, etc.

– Tomar cuidado com os animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas. Eles podem estar escondidos ao redor ou mesmo dentro das casas, próximos a entulhos, lixos e alimentos espalhados pelo ambiente.

Fonte: Agência Minas

Governo do PT deixou de realizar as principais reformas para o país, critica Aécio Neves

Sem gestão, gestão deficiente, malfeitos do PT

Fonte:Assessoria de Imprensa do senador Aécio Neves

Aécio Neves afirma que 2011 foi um ano de pouquíssimas realizações do governo federal

Senador critica ausência de reformas estruturantes que o Brasil necessita

O senador Aécio Neves (PSDB/MG) considerou 2011 um ano de pouquíssimas realizações por parte do governo federal. A declaração foi dada em entrevista, na manhã desta sexta-feira (23/11), após encontro com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte. Para o senador, o Brasil continua avançando em razão de realizações de governos passados, mas sem promover nenhuma reforma que enfrente as grandes questões do País.

“Foi um ano em que o Brasil continua avançando, fruto de construções feitas ao longo de muitos anos. Mas, do ponto de vista de governo, um ano em que poderíamos ter avançado muito mais no plano federal. Infelizmente, o ano se encerra sem nenhuma reforma estruturante, sem nenhuma iniciativa que efetivamente possibilitasse ao Brasil enfrentar a questão tributária, enfrentar a questão previdenciária, enfrentar a própria reforma do Estado brasileiro. Acho que, do ponto de vista do governo, foi um ano de pouquíssimas realizações”, afirmou o senador.

Ainda segundo Aécio Neves, o governo federal perdeu o foco em meio às denúncias de corrupção, o que reduziu espaço para discutir os grandes temas.

“O primeiro ano de um governo é o ano de quem vence as eleições. A expectativa se dá em torno daqueles que são cobrados pelas promessas que apresentaram durante a campanha. E aí eu acho que o governo do PT falhou. Inúmeras propostas em torno das grandes reformas não vieram. O governo passou o ano apenas reagindo às inúmeras denúncias de corrupção, de malfeitos, para usar um termo que a presidente gosta muito. E acabou o governo perdendo foco. Não tivemos espaço para discutir os grandes temas”, disse.

 

Oposição

Aécio Neves criticou a atuação do governo federal em áreas como saúde, educação, saneamento e segurança pública. Para o senador, o PSDB deve apresentar propostas alternativas para a população nesses setores, sempre baseadas no modelo de gestão do partido.

“Vamos definir cinco ou seis grandes bandeiras que vão permear, vão emoldurar as nossas candidaturas, inclusive nas eleições municipais, e, a partir de 2013, o PSDB tem de dizer o que faria diferente do que está aí, qual modelo de gestão que queremos, como vamos enfrentar esse aparelhamento absurdo da máquina pública, com ineficiência e corrupção em todas as áreas. Dizer como vamos enfrentar a questão do financiamento da saúde, onde o PT não quis que o governo federal participasse com 10%, como vamos requalificar a educação, flexibilizando, por exemplo, o currículo do ensino médio para evitar evasão escolar. Vamos desonerar o saneamento, como prometeu a candidata Dilma, mas que a presidente Dilma não tem feito. Como vai ser a questão da segurança pública, como o governo federal entra nisso? Vai continuar contingenciando recursos do Fundo de Segurança e do Fundo Penitenciário como ocorre hoje ou vai agir mais solidariamente com os estados? Então, o PSDB tem que ir definindo, clareando essas ideias e, em 2013, vamos ver aqueles que queiram se unir em torno desse projeto’’, disse.

Nova agenda

Aécio Neves afirmou que, para apresentar uma nova agenda de propostas para o Brasil, o PSDB também vem se reorganizando, fortalecendo seus núcleos partidários como o a Juventude do PSDB, o PSDB Mulher e o PSDB Sindical.

“O PSDB se organiza agora, se estrutura de uma forma mais sólida no país inteiro, fortalecendo seus movimentos internos, de juventude, de mulheres, sindical. O PSDB está, através dos seminários que começamos a realizar, se preparando para apresentar a nova grande agenda para o Brasil. A agenda que está em curso no Brasil, hoje, é a que foi proposta por nós lá atrás. Da estabilidade, da modernização da economia com as privatizações, do Proer, da Lei de Responsabilidade Fiscal, com o início dos programas de transferência de renda. De lá para cá, houve um adensamento desses programas, mas não houve nenhuma novidade, não houve nenhuma proposta nova. Cabe ao PSDB apresentar essa nova proposta para o Brasil dos próximos 20 anos. Já disse e repito, aqui, para encerrar, o PT abriu mão de ter um projeto de país para se contentar exclusivamente em ter um projeto de poder”, observou o senador.

Aécio critica Governo Dilma: “O governo passou o ano apenas reagindo às inúmeras denúncias de corrupção, de malfeitos”

Sem gestão, gestão deficiente, malfeitos do PT

Fonte: Daniel Leite – O Tempo

Em casa, Aécio mantém o tom de palanque para atacar Dilma

Para senador, PSDB deve buscar “nova agenda” e se mostrar ao eleitor até 2013

Mesmo sem detalhar o que poderia ter sido feito de melhor no país em relação a diversas áreas, o senador e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) decreta que o governo federal falhou em 2011. Em Belo Horizonte, onde fez uma visita ontem ao governador e afilhado político Antonio Anastasia (PSDB), Aécio manteve as críticas à administração Dilma Rousseff (PT) com o mesmo tempero de palanque eleitoral usado em suas recentes viagens a Salvador, Curitiba e Porto Alegre.

Apesar do posicionamento, mais uma vez, o tucano evitou afirmar sua pretensão de ser o candidato à Presidência da República em 2014 pelo PSDB. Ao mesmo tempo, porém, ele defende que seu partido deve apresentar ao eleitor, até 2013, sua marca própria de gestão pública.

As recorrentes crises em ministérios, em que titulares das pastas foram afastados do governo Dilma, são consideradas por Aécio o resultado do “favorecimento” a partidos da base aliada. Em sua leitura, as denúncias na Esplanada dos Ministérios consumiram os primeiros 12 meses do governo Dilma.

“A expectativa se dá em torno daqueles que são cobrados pelas promessas que apresentaram durante a campanha. O governo passou o ano apenas reagindo às inúmeras denúncias de corrupção, de malfeitos. E acabou o governo perdendo foco”, apontou.

Por conta da atribulação política e da necessidade se manter na defensiva, o senador acredita que a gestão petista ficou devendo em termos de projetos estruturantes.

“O ano se encerra sem nenhuma iniciativa que efetivamente possibilitasse ao Brasil enfrentar a questão tributária, a previdenciária e a própria reforma do Estado”.

Autoavaliação. Ao mesmo tempo em que cumpre seu papel de oposição, o ex-governador avalia que o PSDB, que governou o Brasil por oito anos consecutivos, tem o desafio, nos próximos 20, de criar uma nova “agenda”.

“Vamos definir cinco ou seis grandes bandeiras que vão emoldurar nossas candidaturas, inclusive nas eleições municipais, e, a partir de 2013, o PSDB tem que dizer o que faria diferente do que está aí”, defendeu.

Tentando reaver o nicho de seu partido, cuja crise de identidade já foi escancarada por seus principais integrantes, o senador disse que a legenda vive uma “nova etapa” porque, segundo ele, vê-se o fortalecimento dos movimentos da juventude, sindical e das mulheres.

Aposta é de que o Planalto não irá renegociar a dívida mineira

Aécio Neves não deixou de fazer uma avaliação do primeiro ano de governo de seu sucessor, Antonio Anastasia (PSDB). Como não poderia ser diferente, o ex-governador elogiou o trabalho de seu ex-vice. Anastasia não desceu, ontem, para atender à imprensa no Palácio dos Mangabeiras.

O senador também avaliou a preocupante situação da dívida do Estado de Minas Gerais com o governo federal. Ele fez uma avaliação de que, realmente, o Planalto não demonstra interesse em renegociar o montante por razões políticas. “Não vejo sinais claros nessa direção (da renegociação)”, disse.

Atualmente, o passivo supera R$ 68,5 bilhões, e os serviços comprometem, mensalmente, parte significativa das receitas do Estado. (DL)

2014
Tucano confirma flerte com socialistas

Também ontem, o senador Aécio Neves assumiu a possibilidade de o PSDB tentar uma aproximação com o PSB com vistas à corrida pela sucessão presidencial de 2014. Cotado como um dos principais nomes tucanos para a disputa, ele lembrou que os socialistas integram a base do governo Dilma, mas ressaltou que “as coisas podem estar diferentes” em 2014. “Temos de dar tempo ao tempo”, declarou.

O PSB tem ganhado espaço no cenário nacional e conseguiu eleger seis governadores no ano passado – quatro deles no Nordeste, região em que o PSDB tem pouca penetração e que deu expressiva votação para o ex-presidente Lula e para sua sucessora.

Presidente nacional da sigla, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é tido como um nome que terá peso decisivo na sucessão e, no Nordeste, também tratado como pré-candidato ao Planalto.

Aécio ressaltou que é preciso “respeitar a posição” do PSB, mas lembrou que o PSDB já tem proximidade com os socialistas em várias cidades, inclusive em Belo Horizonte, onde os tucanos devem integrar a coligação do prefeito e pré-candidato à reeleição Marcio Lacerda. (Da redação com agências)

“Não há qualquer cogitação de que a aliança no ano que vem não seja formal”, defendeu Aécio sobre prefeitura de BH

Aliança PSB/PSDB

Fonte:Alice Maciel – Estado de Minas

Aécio defende aliança formal

Eleições

O senador Aécio Neves (PSDB) disse ontem que o seu partido não aceita uma aliança informal com o PSB, de Marcio Lacerda, para a prefeitura da capital. Segundo ele, ao contrário de 2008, quando os tucanos orbitaram na coligação do PSB com o PT, em 2012 a parceria terá de ser formal. “Não há qualquer cogitação de que a aliança no ano que vem não seja formal”, disse Aécio em entrevista coletiva ontem no Palácio das Mangabeiras. As eleições de 2014 também foram abordadas pelo senador mineiro. Ele sinalizou para uma possível parceria PSDB/PSB para as eleições presidenciais e destacou que a aliança já existe em vários estados. “Nós temos que dar tempo ao tempo. O PSB participa hoje da base de governo federal, mas em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes.”

Para Aécio Neves, a má gestão dos petistas vai contribuir para que os socialistas se unam aos tucanos.”Esse modelo do PT vai chegar ao final cansado, exaurido. Ele perdeu a capacidade de iniciativa, não houve nenhuma iniciativa estruturante nesses últimos anos”, disse acrescentando que a presidente Dilma terá mais problemas em 2012 por ser ano eleitoral. Esse seria o momento, segundo o tucano, para o PSDB apresentar um novo projeto aos brasileiros e, com isso, fazer mais aliados.

Em Belo Horizonte, segundo o tucano, as conversas com o PSB para as eleições do ano que vem já estão avançadas. Apesar de defender a união entre os dois partidos, o senador disse que a decisão será tomada pelas direções municipal e estadual do PSDB – que também já sinalizaram o desejo em reeditar a parceria.Questionado sobre a participação do PT na coligação, Aécio esquivou-se: “Não é com o PT a nossa aliança. É com o prefeito de Belo Horizonte, que é do PSB, assim como o PSDB está aliado ao PSB em inúmeros estados brasileiros”.

O senador mineiro reafirmou que a partir de março o PSDB vai fazer seminários mensais em todas as regiões do país no sentido de debater temas que vão permear as candidaturas municipais e a federal. “A partir de 2013, aí sim o PSDB tem de dizer com muita clareza o que pensa, o que faria diferente do que está aí”, acrescentou.

Reorganizar Ao avaliar o desempenho do PSDB neste ano, Aécio Neves disse que seu partido, que saiu fragilizado e dividido das últimas eleições, aproveitou para se reorganizar e está vivendo uma nova etapa.”O partido se organiza, se estrutura de forma mais sólida no país inteiro, fortalecendo seus movimentos internos, de juventude, mulheres, sindical”, ressaltou. Para ele, o primeiro ano de governo é daqueles que vencem as eleições e a expectativa se dá em torno daqueles que são cobrados pelas promessas que apresentaram durante a campanha. “Aí eu acho que o governo do PT falhou. A agenda hoje necessária para o Brasil é a mesma agenda de 20 anos atrás. Então, nesse aspecto, o governo passou um ano apenas reagindo. Reagindo às inúmeras denúncias de corrupção, de malfeitos, para usar um termo de que a presidente gosta muito. E acabou o governo perdendo o foco. Não tivemos espaço para discutir os grandes temas”, criticou.

Aécio Neves é o político mais admirado de Belo Horizonte, revelou pesquisa DataTempo:

Aécio boa gestão, Aécio gestão eficiente, Aécio político eficiente

Aécio Neves é o político mais admirado de Belo Horizonte

Pesquisa espontânea realizada pelo Instituto DataTempo/CP2 apontou o senador Aécio Neves como a liderança política mais admirada pelos eleitores de Belo Horizonte. No levantamento espontâneo, quando o entrevistado responde diretamente sem sugestão de nomes, Aécio Neves foi citado por 16,4% dos entrevistados. Em segundo lugar a pesquisa apontou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel com 5,3% e, em terceiro ligar, o ex-ministro Patrus Ananias com 3,0%.

Aécio Neves foi eleito senador, ano passado, com 7,56 milhões de votos. Em Belo Horizonte ele venceu com mais de 44% dos votos válidos. À frente do Governo de Minas por oito anos, Aécio Neves realizou importantes obras na capital mineira, a Linha Verde que liga a região Central ao Aeroporto Internacional em Confins, a duplicação da avenida Antonio Carlos, a conclusão do Expominas, a Cidade Administrativa, onde trabalham 16 mil servidores públicos, e o Circuito Cultural Praça da Liberdade, o maior complexo de cultura da América Latina.

Seminário de Gestão defende especialização dos servidores – Governo Aécio apostou na formação dos técnicos da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro

Gestão em Minas, Gestão Inovadora, Gestão Eficiente, Choque de Gestão

Desde o início do governo Aécio Neves em 2003, o governo de Minas desenvolve uma política de valorização da gestão pública com ênfase na formação técnica de gestores. O trabalho foi iniciado pelo Choque de Gestão que modernizou a máquina pública em Minas e criou um divisor na gestão da administração pública no país. Neste trabalho, a  Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho  da Fundação João Pinheiro, órgão do Governo de Minas, teve um peso fundamental na formação de gestores públicos.

A instituição tem ensino de excelência e há muito lidera o ranking das melhores faculdades do país. Recentemente, a Escola de Governo obteve nota máxima no Índice Geral de Cursos elaborado pelo MEC. Hoje é primeira de Minas e a nona do Brasil. A diretora-geral, Luciana Raso Sardinha, classifica a instituição como sui generis, por causa de uma grade curricular interdisciplinar e da própria concepção: graduar servidores públicos, mas com capacidade diferenciada.

“Queremos formar profissionais que tenham criatividade e interfiram com maior colaboração às políticas públicas e mais agilidade às estruturas governamentais. A escola combina a autonomia acadêmica com a subordinação aos objetivos de modernização da máquina pública”, ressalta. A diretora destaca ainda o corpo docente, formado por mestres e doutores, todos com experiência na administração pública.

 

Leia matéria publicada pelo Valor Econômico em 25/11/2011

Fonte: Valor Econômico

Transformação de técnico em gestor é grande desafio

Que a administração pública brasileira precisa ser modernizada, ninguém duvida – os próprios governos já se deram conta disso. Mudanças na economia e na própria sociedade transformaram o sistema que rege o funcionalismo no país, refinado burocraticamente nos últimos 60 ou 70 anos, obsoleto em alguns aspectos. O próprio modo como a carreira de funcionário público funciona mostra isso. Se há exames cada vez mais concorridos para uma vaga vitalícia, o incentivo para se aperfeiçoar na carreira desaparece com o tempo, resultado da própria estabilidade.

Esse é um dos grandes gargalos que as administrações públicas precisam enfrentar: como incentivar seus funcionários e treiná-los para assumir novas funções. E como preparar pessoas treinadas como técnicos a agir como gerentes ou diretores. “Técnicos viraram gestores na prática. Não estavam preparados, não tinham obrigação para isso”, diz Paulo Vicente, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral (FDC).

“Existem pessoas muito preparadas na área pública quanto ao conhecimento técnico, mas ainda temos um gargalo com relação ao conhecimento gerencial”, afirma a consultora Mirza Quintão Utsch, do INDG (Instituto Nacional de Desenvolvimento da Gestão). “Mas esse cenário tem avançado. Percebemos que servidores têm buscado aprimorar a gestão”.

Como nem todo técnico domina questões administrativas ou gerenciais, esses cargos são comumente preenchidos por cargos comissionados, trazidos de fora da máquina pública.

Se de um lado isso traz velocidade para resolver questões imediatas de gestão, por outro traz problemas de continuidade, pois os funcionários comissionados são substituídos quando seus chefes saem dos cargos. Mas já existem iniciativas em alguns lugares, principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia, onde servidores públicos vêm sendo treinados para assumir posições gerenciais. “Solução existe”, afirma Nelson Marconi, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. O Rio, afirma, está em um grande processo de planejamento da força de trabalho, fazendo um levantamento de todos os órgãos públicos, o que fazem, quem são os funcionários, de que precisam. Minas Gerais deve seguir o mesmo caminho.

Outra questão que os governos precisam enfrentar é como montar um sistema de incentivos para os funcionários. Novamente um dos obstáculos é o volume de recursos necessários para isso, além da legislação. “A formação é custosa, demorada, e às vezes só há resultado efetivo um governo depois”, aponta Vicente, da FDC.

São Paulo está entre os Estados citados por consultores como um dos mais avançados nos esforços de modernização de sua máquina pública. Nesse sentido, há vários projetos em andamento para avançar na profissionalização, segundo a secretária estadual de gestão pública, Cibele Franzese. Um deles é a cerificação ocupacional, quando vários profissionais que querem disputar cargos de diretoria passam por uma certificação. A ideia é reduzir a nomeação de pessoas comissionadas. O programa está sendo ampliado e foi implantado em áreas como educação, saúde, diretoria de hospitais, centros médicos e ambulatoriais.

O governo paulista também trabalha na melhoria do desenho das carreiras. O projeto visa esclarecer as oportunidades de promoção e progressão, ligando-as ao mérito e desempenho do funcionário. Para isso, são oferecidos cursos e investimentos em atualização. Na educação, o interesse não é apenas premiar quem estuda para passar nas provas, mas também aqueles professores que aplicam os conhecimentos no dia a dia do ensino.

O governo federal também tem avaliado ações para melhorar o serviço público, diz a secretária de gestão do Ministério do Planejamento, Ana Lúcia Amorim de Brito. Um dos pontos é o bom desempenho dos profissionais, com capacitação das equipes. Como em outras administrações, adota-se a gestão por competência, a avaliação de desempenho, assim como a remuneração, capacitação e o bom ambiente de trabalho.

A reestruturação de áreas críticas no governo federal serão analisadas pela câmara de gestão da Casa Civil. O escritório vai identificar e priorizar questões a serem tratadas, simplificar processos e rotinas. Os estudos de melhoria da organização federal também analisam o arcabouço jurídico. É preciso mais flexibilização para garantir uma maior agilidade, afirma Brito, mas os modelos para tornar isso possível ainda não estão definidos. “A necessidade de melhora, como em todas as áreas, públicas e privadas, é grande e constante”, diz. “A melhoria sustentável não muda com ações de impacto, mas com ações bem estruturadas e contínuas”.

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Choque de Gestão, gestão eficiente

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Fonte: Agência Minas

O governador Antonio Anastasia acompanhou em Zurique (Suíça), na sede da Fifa, nesta quinta-feira (20), o anúncio dos calendários dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações, em 2013. Belo Horizonte receberá, no Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), seis jogos da Copa do Mundo e três partidas da Copa das Confederações. Em entrevista após o anúncio da Fifa, Anastasia comemorou o fato de Belo Horizonte ser a cidade-sede onde acontecerá o maior número de jogos, depois do Rio de Janeiro.

“Ficamos extremamente satisfeitos com o anúncio de que Belo Horizonte receberá, nas duas Copas, nove jogos. Seremos, depois do Rio de Janeiro, a cidade que terá o número maior de jogos. E mais importante, na Copa do Mundo, sendo o Brasil, como todos esperamos, o primeiro lugar no seu grupo de classificação na primeira fase, ele jogará duas vezes em Belo Horizonte, as oitavas de final e a semifinal. Portanto, a cidade foi extremamente prestigiada com nove partidas internacionais e possivelmente dois jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo e certamente também na Copa das Confederações, onde já teremos garantido pelo menos uma semifinal, além de outros dois jogos de relevância”, afirmou Anastasia.

O governador participou de uma videoconferência com jornalistas, após o anúncio da Fifa, acompanhado do secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Sergio Barroso, e do presidente do Comitê Executivo Organizador da Copa do Mundo de Belo Horizonte, Tiago Lacerda. O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, também participou da videoconferência, ao lado de jornalistas, na capital mineira.

“Temos o compromisso de fazer de Belo Horizonte a melhor sede para a Copa do Mundo de 2014. Nós todos estamos torcendo para que o Brasil seja o primeiro do seu grupo na Copa do Mundo na fase de classificação, a primeira fase. Assim, o Brasil jogará duas vezes em Belo Horizonte, nas oitavas e depois na semifinal, seguindo o caminho para o hexacampeonato, no Maracanã. Estamos muito felizes”, afirmou Anastasia.

As estatísticas são favoráveis ao Brasil. Desde 1978 o Brasil é o primeiro colocado na fase inicial. Outro dado a favor: no Mineirão, em 20 jogos oficiais e amistosos, a Seleção Canarinho ganhou 15, empatou três e perdeu apenas dois jogos.

Durante o período de preparação para as Copas, a Fifa reconheceu o trabalho desenvolvido em Belo Horizonte e direcionou a tabela para que a capital mineira possa ter dois jogos decisivos da Seleção Brasileira, um na Copa do Mundo e outro na Copa das Confederações. Se o Brasil ficar em primeiro lugar no seu grupo, na fase inicial – o que acontece há nove mundiais –, irá jogar as oitavas de final, no Mineirão. Se passar pelas quartas de final, jogará também a semifinal, em Belo Horizonte. Na Copa das Confederações, em 2013, a capital mineira será o palco de outra semifinal.

“Ficamos muito satisfeitos, fizemos uma mobilização pública pela abertura da Copa no Mineirão, o que nos deu muita visibilidade e, com isso, o reconhecimento pela boa gestão que vem sendo realizada em Minas. Agora é como costumo dizer, temos que valorizar o que é nosso e serão nove jogos”, destacou Sergio Barroso.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda,  também ressaltou a satisfação com a tabela: “Estou extremamente satisfeito com o calendário apresentado pela Fifa, que privilegia BH, em reconhecimento pelo trabalho que está sendo desenvolvido em conjunto pela PBH e Governo de Minas. Belo Horizonte poderá ter dois jogos da seleção brasileira em fases decisivas da Copa do Mundo”, disse o prefeito.

Gestão de Aécio inovou em viabilizar obras do Mineirão

Empresa montada por BNDES, Bradesco, Itaú, Santander e outras instituições, a EBP preparou reforma do estádio e tem projetos que já totalizam R$7,2 bi

Fonte: Agnaldo Brito – Folha de S. Paulo em 13/02/2011

Escritório de projetos mobiliza R$ 7,2 bilhões para infraestrutura

 

Criado por nove bancos, a EBP vira um modelo para desengavetar projetos governamentais

Para instituições, benefício é indireto, pois projeto concedido é sempre um potencial tomador de crédito

Com dois anos de vida, a EBP (Estruturadora Brasileira de Projetos) – escritório focado em empreendimentos para o setor público e criado por nove grandes bancos comerciais e de investimento – deve mobilizar pelo menos R$ 7,2 bilhões em capital para infraestrutura no país.

A iniciativa foi idealizada com o propósito de vencer o crônico problema brasileiro da falta de projetos de interesse público com qualidade para fazer girar as concessões. O modelo começa a desengavetar iniciativas.

Com dez empreendimentos em carteira, a empresa comemora o primeiro negócio posto em pé: o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, palco da Copa do Mundo de 2014. O projeto, com valor de R$ 608 milhões, foi modelado, leiloado e contratado num prazo de 14 meses.

Além do Mineirão, outros negócios devem sair em breve. Entre eles está a concessão da BR-101 no Espírito Santo, de hospital e rodoviária na capital mineira, da estrutura logística para conexão dos centros de compra popular em São Paulo (25 de março e Brás) e do saneamento básico na zona oeste do Rio e na região metropolitana de Vitória.

Só esses dois projetos de saneamento podem mobilizar mais de R$ 3,5 bilhões e universalizar coleta e tratamento de esgoto nas duas áreas. São negócios de peso, como de peso é o grupo que criou a EBP.

O capital da empresa é dividido em nove partes iguais, assim composto: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Banco Votorantim, Citibank, Santander, Banco Espírito Santo e HSBC.

A empresa nasceu com capital de R$ 30 milhões disponível para bancar estudos e consultorias. Segundo o diretor-geral, Hélcio Tokeshi, a empresa ainda dispõe de R$ 100 milhões para usar em novos empreendimentos que serão assumidos pela EBP.

Resposta ao vácuo de desenvolvimento de projetos de infraestrutura, a EBP começou quase como um conceito. Virou um negócio que em 2011 começa a ter retorno.

Para os bancos, o benefício é indireto. Um projeto concedido é sempre um potencial tomador de crédito, embora quem assuma o empreendimento não tenha a obrigação de recorrer a nenhuma das instituições que são sócias da EBP.

A companhia opera quase como uma extensão dos governos, ao assumir a confecção do projeto, da engenharia à estrutura financeira, dos estudos técnicos ambientais à definição do leilão.

“Um governo não tem como manter um time de especialistas para desenvolver um grande projeto de interesse de um Estado ou de uma prefeitura. Custaria caro e essas equipes ficariam ociosas”, diz Tokeshi.

10 PESSOAS

Apesar de mobilizar bilhões de reais, a EBP é uma empresa minúscula. Tem dez pessoas, comandadas pelo economista Hélcio Tokeshi, egresso da consultoria McKinsey & Company. É esse grupo que gerencia a rede de técnicos e especialistas que põe os projetos em pé.