Gestão em Minas: Hemominas participa de cooperação técnica em Benin, na África

Hemominas foi responsável pela “Oficina de Recrutamento de Doadores de Sangue”, na cidade Cotonou

Divulgação/Hemominas
Técnicos do Banco de Sangue de Cotonou fazem teste de compatibilidade sanguínea em laboratório
Técnicos do Banco de Sangue de Cotonou fazem teste de compatibilidade sanguínea em laboratório

A Fundação Hemominas foi responsável pela “Oficina de Recrutamento de Doadores de Sangue”, realizada na cidade Cotonou, em Benin, país da África Ocidental. Durante cinco dias, duas profissionais da instituição ministraram palestras sobre a doação de sangue no Brasil; o profissional de captação de doadores; atividades técnicas de recrutamento de doadores; valorização e fidelidade do doador e utilização de mídias na captação de doadores. Participaram cerca de 25 profissionais da saúde de Benin, que representaram seis centros de coletas e transfusões do país.

Segundo a gerente de Captação e Cadastro de Doadores da Fundação Hemominas, Heloísa Gontijo, em Benin não existe a função do profissional de captação de doadores e ela espera que com o treinamento a função comece a existir. “Hoje o que existe em Benin é uma Associação de Doadores. Menos de 1% da população doa sangue, os profissionais da saúde pretendem melhorar este índice, por isso a importância do profissional especializado na captação de doadores de sangue”, informou.

Na parte prática da oficina, os participantes puderam realizar algumas das técnicas aprendidas durante as palestras das profissionais da Hemominas. Para Heloísa Gontijo, os participantes se mostraram muito interessados e empenhados. Ela avalia que a cooperação técnica existente entre o Brasil e Benin é muito importante para os profissionais africanos.

“Benin está montando o seu serviço de hemoterapia. A realidade da hemoterapia em Benin é diferente da brasileira. Por exemplo, eles não conhecem a doação por aférese, a fenotipagem de doadores, além de outros procedimentos que fazemos no Brasil e que eles ainda não têm acesso. Por meio da Avaliação do Treinamento, pudemos constatar que a oficina foi bem aceita e positiva. Os participantes mostraram interesse em conhecer a realidade brasileira e em participar de treinamentos em Minas Gerais”, disse.

Cooperação Técnica

Em maio do ano passado, a Fundação Hemominas recebeu em Belo Horizonte a visita do Comitê Beninense de Pesquisa em Doença Falciforme. Durante duas semanas, três representantes do Ministério da Saúde de Benin conheceram os processos de gestão da rede Hemominas no Estado de Minas Gerais, com foco em transfusão sanguínea e tratamento integral aos pacientes portadores de doença falciforme.

O evento fez parte do projeto “Visita Exploratória do Comitê Beninense de Pesquisa em Doença Falciforme à Fundação Hemominas”, apresentado pela instituição no Programa de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação com Países da África (PROAFRICA), do Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Ministério da Saúde e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores.

Benin possui uma população de 9 milhões de habitantes e, segundo dados do Ministério da Saúde do país, os desafios enfrentados pelos serviços de transfusão sanguínea são principalmente na mobilização de doadores de sangue; no processo da doação; na infraestrutura para a coleta de sangue; no processamento do sangue e armazenamento do produto.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde de Benin, 75% do sangue coletado são utilizados em crianças e gestantes; paralelamente a isso, cerca de 24% da demanda existente por hemocomponentes ainda não é atendida.

A Fundação Hemominas também participa de outros projetos de cooperação técnica internacional, principalmente com países africanos. Entre eles estão parcerias técnicas com Moçambique, Angola, Gana e Benin.

Fonte: Agência Minas