Gestão em Minas: Aeroporto Internacional Tancredo Neves mais próximo de um novo terminal

Comissão de Licitação anuncia nome de consórcio que irá elaborar os projetos básico e executivo do Terminal 2

Lúcia Sebe/Imprensa MG
Prazo de conclusão para o projeto executivo do novo terminal do Aeroporto de Confins é de 19 meses
Prazo de conclusão para o projeto executivo do novo terminal do Aeroporto de Confins é de 19 meses

A Comissão Especial de Licitação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) anunciou, na tarde desta sexta-feira (2), o Consórcio Concremat/Themag como vencedor da licitação internacional para elaboração do projeto básico/executivo do Terminal 2 de Passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

A execução do projeto no valor de R$ 10.467.575,14 será acompanhada pelo Governo de Minas e pela Infraero. O consórcio vencedor deverá elaborar: os projetos de engenharia, tanto nas etapas de serviços quanto na fase de estudos preliminares; os planejamentos básicos e executivos; os serviços complementares para a construção do segundo terminal de passageiros; o sistema viário de acessos ao AITN; e as demais obras que se fizerem necessárias durante a execução do empreendimento.

O consórcio Concremat/Themag deverá iniciar o projeto nos próximos dias. O prazo de conclusão para o projeto executivo é de 19 meses, enquanto o projeto básico deverá estar pronto ainda este ano, o que já possibilitará a licitação das obras a cargo da Infraero. Os trabalhos deverão ser iniciados assim que for concluída a contratação do consórcio Concremat/Themag.

Concepção e Design

A concepção e design desse novo terminal foram desenvolvidos pela consultoria Changi International Airports Consultants, de Cingapura, e integra o masterplan elaborado em 2009 para os próximos 30 anos, já aprovado pela Infraero. Reconhecida como uma das mais experientes no desenvolvimento de complexos aeroportuários, a Changi foi responsável por projetos e gestão de aeroportos no Oriente Médio, na Itália, Rússia, China e vários outros países.

A licitação internacional é resultado de um acordo de cooperação técnica entre o Governo de Minas e a Infraero e não elimina a iniciativa de construção do terminal remoto, que irá suportar o expressivo aumento de demanda prevista para os próximos quatro anos.

Atualmente, o AITN é o segundo maior aeroporto do país, entre os dez maiores em crescimento. O terminal 1, com capacidade instalada para 5 milhões de passageiros/ano e projeto de expansão em curso, movimentou, em 2011, 9,5 milhões de passageiros. “Todo o esforço do governo estadual neste campo está voltado para transformar o AITN não no maior, mas no melhor aeroporto internacional do Brasil. Não temos porto, mas precisamos consolidar no Estado, por via aérea, o melhor portão de entrada para o exterior, com altíssima conectividade com as malhas aéreas nacional e regional. O futuro vai dizer do acerto dessa determinação e acreditamos que a população do Estado tem esta percepção”, afirma o subsecretário de Investimentos Estratégicos da Sede, Luiz Antônio Athayde Vasconcelos.

Segundo ele, o Governo de Minas Gerais vem investindo em estudos e projetos de altíssima complexidade há mais de oito anos. “Todos sabemos que, se tivéssemos iniciado esses trabalhos ainda em 2009, não seria necessário terminal remoto e estaríamos muito à frente com os terminais 1 e 2 já integrados, mas não podemos perder um minuto sequer. As projeções indicam que deveremos atingir, daqui a oito anos, em 2020, um total de 20 milhões/ano e este já será o 4º maior do Brasil. Por ocasião da copa do mundo, o tráfego já terá atingido 13,2 milhões de passageiros/ano”, reitera.

O principal objetivo do Governo de Minas Gerais, segundo ele, é a criação maciça de empregos de qualidade e, para atingir essa meta, o AITN é considerado uma ferramenta fundamental para fomentar a diversificação da economia mineira. Além disso, o aeroporto marcará o cenário brasileiro como o primeiro a operar dentro do conceito funcional de aeroporto cidade, o que permitirá a implementação da primeira Aerotrópolis da América do Sul.

Este planejamento foi iniciado em 2005, com a transferência de voos do Aeroporto da Pampulha e já resultou na atração de diversos investimentos como a GOL, Embraer, o Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial (CTCA), a Cidade Administrativa, entre outros projetos que se delineiam no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e entorno, e que vêm provocando uma nova dinâmica econômica em mais de uma dezena de municípios.

“O AITN será a grande alavanca para se gerar 400 mil novos empregos em território mineiro nas próximas duas décadas em setores presentes na nova economia, cuja dinâmica econômica se irradiará para mais 20 cidades-polo no interior do Estado. Não se pode perder o pulso no que, de fato, tem esse extraordinário efeito transformador”, conclui Athayde.

Fonte: Agência Minas